Sadie Contra os Zumbis é um livro da escritora Madeleine Roux e foi lançado em 2016 pela editora Plataforma 21.

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Sobre o livro:

Ano: 2010, mês: abril, localidade: cidade de Seattle, agora conhecida como Cidadela. Sobreviventes de um apocalipse zumbi, depois de sete meses, procuram viver da melhor maneira possível isolados em um ambiente que não deixa de ser hostil, com vários mortos-vivos do lado de fora dos muros. Trancados dentro dessa cidade, os humanos vivem de plantações e da prática do escambo, onde um contribui com o outro, sempre visando algo em troca. Divididos nesse ambiente temos os repovs, chamados assim por desejarem apenas viver para procriar e repovoar o mundo que está devastado e o restante dos humanos. Dentre eles temos Sadie Walker, uma jovem determinada que era ilustradora antes da Epidemia e que busca todas as formas de proteger o seu sobrinho Shane, uma criança de oito anos, calada e que mantém certa distância da tia, mesmo que eles sejam os únicos que restaram de sua família.

“Sobre as hortas, afixados nos postes e janelas, ficavam placas de madeira e pichações. ELES NÃO SÃO SEUS PARENTES SE ESTIVEREM INFECTADOS, dizia uma. FAÇA A COISA CERTA: AVISE AS AUTORIDADES, e outra: OBEDEÇA O TOQUE DE RECOLHER.”

No dia que pareciam estar levando uma vida normal, dentro dos padrões, um grande grupo de zumbis consegue invadir a sua fortaleza e Sadie deixa a cidade juntamente com seu sobrinho e Andrea, uma traficante destemida que é uma das melhores amigas de Sadie. Elas partem em uma jornada com o tio de Andrea, Arturo, que possui um barco e a ideia de sair dessa ilha. No barco eles encontram como parceiros de viagem um adolescente chamado Noah, Cassandra, uma moça vestida de enfermeira e coberta de sangue e Moritz um ex crítico de arte. Assim, esse grupo peculiar parte nessa jornada para salvarem suas vidas sem imaginar o que os espera.

Após eventos imprevisíveis, eles acabam parando em uma ilha e encontram mais um grupo com quem decidem se unir, após muitas brigas e desconfianças dos dois lados. O novo grupo é composto por: Whelan, um homem muito bonito que possui um senso de humor aguçado, Banana uma ex-dançarina, Nate, Danielle, Stefano e sua priminhas Isabella e Teresa. Cada um dos envolvidos contribui para a sobrevivência do grupo conforme suas particularidades.

Alguns eventos estranhos levam esse grupo de sobreviventes a perceberem que podem não estar sozinhos nessa ilha. Uma casa macabra, mortes e muitos mistérios fazem eles questionarem se os zumbis são realmente o perigo ou se existe algo muito mais aterrorizante nessa ilha. Os zumbis passam a ser apenas o começo do problema, o mal maior pode se encontrar onde eles menos imaginam e um segredo entre os grupos pode ser uma peça decisiva na vida de todos. Quem será que eles devem temer de verdade?


Minha opinião:

Eu sou suspeita para falar sobre zumbis, pois sou fã assumida desses seres. O livro, confesso, me impressionou muito. Quando vi a capa, que pensei ser meio infantil, imaginei que a história seria mais leve. Porém, me enganei. A história é bem adulta e é carregada de humor negro, dei muitas risadas com ela. A nossa personagem principal Sadie, é hilária e faz várias piadas sobre os seus próprios problemas. O livro conta com muitos palavrões, piadas e críticas à figuras conhecidas.

“Não sei que buraco imundo do inferno te pariu, mas tomara que a gente esteja velejando de volta para lá para te largar – eu disse. – Para sempre. – Ela piscou e terminou o copo d’água. – Não estou de brincadeira.”

A história conta com momentos que estão acontecendo no presente e também com fatos do passado de Sadie, já que tudo é narrado do ponto de vista dela. O livro alterna entre momentos de pura brutalidade na forma como as mortes acontecem (não se apegue a nenhum personagem!) e um humor leve e bem elaborado que consegue descontrair e aliviar um pouco o clima de tensão que fica. Para quem já assistiu aos filmes Madrugada dos mortos e Zumbilândia, você vai encontrar uma mistura dos dois nesse livro.

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Além de toda a parte de humor e os dramas que os sobreviventes enfrentam temos também a construção dos laços entre Sadie e Shane, durante a narrativa a barreira existente entre os dois vai sendo demolida. Sadie pode não levar muito jeito com crianças, mas ela realmente está decidida a fazer o que for preciso para proteger o seu sobrinho e único sobrevivente da sua família, para isso ela reúne toda a sua coragem e demonstra grande esforço para alcançar o coração desse garotinho tão tímido e retraído.

Encontrei alguns erros de digitação e português, mas nada exorbitante que vá interferir na leitura, como li uma cópia não revisada espera-se que tudo isso deve ter sido corrigido até chegar ao exemplar final. O livro só não ganhou o coração porque eu não gostei da capa, acho que ela não combina com a proposta do livro e deveria ser mais madura. Quando vi ela pensei que seria até um livro meio bobo, e assim, ele não chamaria a minha atenção para comprar, pois uma capa faz muita diferença na hora de vender um livro, mesmo com a história sendo tão bem elaborada quanto essa.

O final ficou bem interessante e acredito que encaixou perfeitamente com tudo que foi proposto pela história, rezo por uma continuação, pois fiquei curiosa para saber o que aconteceu com os que restaram do grupo. O ritmo que a história é contada envolve o leitor, pois possui muita ação e sangue para os fãs de membros decepados e mortes brutais. Vale muito a leitura para aqueles que adoram um mistura de terror, zumbis e muito humor! Não deixe de ler!

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SADIE CONTRA OS ZUMBIS

Autor: Madeleine Roux

Editora: V&R

Ano de publicação: 2016

Passados alguns meses da Epidemia, Sadie Walker é uma das sobreviventes do grande apocalipse zumbi. Manter-se vida em Seattle, cuidar de seu sobrinho Shane e escapar de zumbis violentos são as metas dessa heroína. Mas, para isso, Sadie precisa saber em quem confiar, pois a cidade está tomada pelo crime e todos aqueles que pareciam ser seus amigos estão envolvidos em perigosas transações do mercado negro. Quando tudo parece difícil, um novo ataque zumbi atinge a cidade e as coisas ficam ainda piores. Então, Sadie se pergunta: O que Allison Hewitt, a exterminadora de zumbis, faria numa situação como essa? Inspirada pelo blog de Allison, Sadie consegue salvar seu sobrinho de um sequestro e a única chance de escapar de Seattle é fugindo para ilhas San Juan. A ilha parecia ser um lugar seguro, mas a ilha estava cheia de zumbis com um apetite insaciável. Num ritmo alucinante, Madeleine Roux cria uma narrativa na qual o realismo e o humor caminham lado a lado, fazendo desse apocalipse zumbi uma história cheia de expectativa.

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