Atenção!

Esteja ciente de que este é um livro de casos reais de serial killers. Portanto, siga com a leitura com a consciência de que encontrará os mais diversos tipos de violência.

Serial Killers: Anatomia do Mal é uma obra de Harold Schechter publicado em 2013 pela editora Darkside Books.

Sobre o Livro

Existem três características básicas para distinguir um serial killer na infância/adolescência: fazer xixi na cama muito depois de sair das fraldas; gostar de brincar com fogo; se divertir torturando os animais. 

É importante não confundir assassino em série com assassino em massa. Enquanto o primeiro tem como padrão básico o funcionamento sexual, onde o serial killer após longo período sem realizar o ato sexual começa a ficar ansioso e fantasiar sobre sexo, sempre com torturas, dominações e assassinato. Ele literalmente atinge o clímax com o sofrimento e a morte da vítima. Já o segundo, é uma bomba-relógio. Alguém que viu sua vida sair dos trilhos de repente, e acaba explodindo em um surto de violência levando pelos ares quem estiver por perto perto. Ou seja, é sempre um ato suicida. 

“De todas as criaturas já feitas, o homem é a mais detestável. De toda a crianção, ele é o único, o único que possuí malícia. São os mais básicos de todos os instintos, paixões, vícios – os mais detestáveis. Ele é a única criatura que causa dor por esporte, com a consciência de que isso é dor. “

Mark Twain

Segundo o FBI, em uma cena de crime, é importante analisar algumas características antes de enquadrar tal fato como serial killer. É preciso haver pelo menos três homicídios, que ocorram em lugares diferentes e em um intervalo de tempo que pode durar entre algumas horas a vários anos. No entanto, essa definição do FBI é um tanto quanto falha, já que não há noção da natureza dos assassinatos, além de que, há serial killer, assim como John Wayne Gacy por exemplo, que cometeram seus crimes em um mesmo local. Mas, uma coisa é certa: eles não param até serem capturados.

Apesar de nunca sabermos as razões verdadeiras de porquê eles matam, ainda assim existem teorias. Algumas desacreditadas, questionáveis ou sólidas, mas que valem serem levadas em conta: as criaturas selvagens e subumanas de nossos ancestrais, na época do canibalismo, sobem à superfície e se apossam dos nossos atuais; não existe comprovação científica, mas há aqueles que acreditam que o cérebro dos serial killers difere-se de uma pessoa normal; muitas crianças são vítimas de abusos, e nem todas elas se tornam serial killers por isso, mas todo assassino psicopata sofreu maus tratos quando criança; odiar a mãe por algo humilhante e/ou doloroso que o fez passar na infância; estar possuído pelo demônio. Dentre outras crenças, o que se pode afirmar é que tanto a educação como a natureza contribuem para a criação de um serial killer.


Minha Opinião

Você já se perguntou por que o tema serial killers chama tanta atenção? Por que tanta gente gosta de ver fotos, ouvir histórias ou ler livros com o tema? Já parou para pensar que até mesmo as pessoas mais inocentes possuem um lado obscuro que é fascinado pelo proibido? Pois é, mas isso não quer dizer que todos somos serial killers. Há uma enorme diferença entre pensar e agir. Aliás, está é a maior característica que difere um serial killer de uma pessoa normal. A capacidade de cruzar a linha da fantasia e torná-la real.

Mas é impossível negar a curiosidade que temos em saber como a mente deles funciona. Porquê eles matam? O que eles sentem? Quem são eles? E milhares de outras questões. Aqui teremos a resposta para todas essas nossas perguntas. Anatomia do Mal é um ótimo livro introdutório para saciar nossa curiosidade, e também funciona como uma excelente ferramenta de estudo. Então esteja preparado, porque quando se fala em assassinato a sangue frio, desconforto é o mínimo que você vai sentir durante a leitura.

São diversos os casos abordados neste livro. Desde os mais simples até os mais complexos. Dos mais famosos aos menos conhecidos. Alguns são apenas mencionados, outros são bastante detalhados. E Dentre todos, talvez o que mais me deixou assustada foi o de Mary Bell, uma garotinha de 11 anos que matou dois garotinhos de 3 anos, estrangulando-os e mutilando-os sexualmente. E sim, no caso de Mary é um dos casos que ganham destaque no livro. São muito os casos para nos deixar de estômago embrulhado, e o que só pior a situação é saber que eles, todos eles, sentiam um prazer extraordinário em matar.

“Eu controlava a vida de outras pessoas, decidia se viveriam ou morreriam. Eu tinha esse poder de controle. Quando não fui pego pelos 15 primeiros, achei que era meu direito. Nomeei a mim mesmo o juiz, promotor e júri. Então brinquei de Deus.”

DONALD HARVEY, profissional da saúde justificando seus assassinatos.

Além dos casos abordados em si. Também conhecemos os assassinos em suas divisões de gêneros, de cor, idades, posição social e/ou profissional. E de um modo geral, o que mais me chamou a atenção é que os homens são mais cruéis que as mulheres. Mulheres na maioria das vezes usam veneno para acabar com suas vítimas, o que as levam a serem reconhecidas por viúvas negras, aquele mesmo tipo de aranha venenosa que devora seu próprio parceiro. Enquanto que homens já utilizam mais da violência sexual e muito sangue para se sentirem satisfeitos.

Existem diversos relatos da violência desses assassinos em série, porém o mais comum entre eles é o ato de sodomizar sua vítima. Seja ela homem ou mulher, homossexuais ou heterossexuais. Há provas de que “esses tipos” sentem um prazer fora do comum em se sentir no poder. Quando eles impõe medo e violência, recebem de volta gritos e resistência, e isso literalmente faz com quê eles atinjam o clímax enquanto cometem o ato de sodomia ou mutilação. É assustador as diversas formas de violência necessária para que os assassinos sintam um prazer de pura euforia.

Como já havia mencionado, nem todo mundo que sofre quando criança vira um serial killer, mas é certo que todo serial killer sofreu os mais variados tipos de abuso quando criança. Há aqueles que foram humilhados pela mãe a serem obrigados a saírem na rua vestido de menina; aqueles que foram abusados sexualmente por familiares; outros que não conheciam nenhuma forma de amor a não ser o espancamento; aqueles que cresceram em uma família disfuncional com pais alcoolistas, mães prostitutas e/ou extremamente perturbados. O que se sabe é que todos eles têm um trauma de infância, e a maioria acaba cometendo a mesma coisa que viu a vida inteira acreditando que é normal, ou, como uma forma de vingança.

Isso nos leva a entender os tipos de vítimas escolhidas pelos assassinos. Elas sempre terão relação com o motivo do assassinato. Por exemplo, se o problema na infância foi uma mãe prostituta, a tendência é que esses assassinos escolham apenas prostitutas para cometerem seus crimes. Se foi humilhação pela opção sexual ou ser obrigado a agir de acordo um gênero que não é, sua vítimas serão os homossexuais. E assim sucessivamente. Portanto, nenhuma vítima é escolhida aleatoriamente, há uma razão para isso.

“Gosto de ver sangue. Eu me sinto ótimo – sinto como se pudesse destruir qualquer coisa. Uma vez estava no meio de um tiroteio e tinha sangue para tudo quanto é lado, Eu queria ir lá, molhar meus sapatos e andar no sangue. Eu gosto de sangue.”

Assassino sádico citado pelo Dr. J. Paul de River – página 212.

Portanto, esse não é um livro para qualquer pessoa ler. Tenha em mente que se você têm sensibilidade com qualquer tipo de assassinato. Seja ele nos diversos gêneros, idade, raças, você vai encontrá-los neste livro. Não leia só por estar curioso, porque o desconforto é do começo ao fim. É interessante conhecer e entender todas aquelas perguntas que nos questionamos, mas isto pode te deixar um pouco perturbado. Então se mesmo assim você quiser prosseguir com a leitura, faça-a aos poucos, intercale com outras leituras leves e de preferência que te dê um descanso de tanto sangue e tanta morte gratuita.

Foi assim que eu escolhi ler esse livro, e acredito que foi a melhor maneira. Até porque ele acaba sendo um pouco maçante se lido de uma vez só. Os casos são estudados aos poucos. Primeiro se fala num geral, depois vai classificando os tipos, e por fim volta a falar num geral. Então, muitos casos acabam se repetindo, sejam de forma breve ou detalhada. É como se os textos tivessem sido escritos separadamente e depois juntado em forma do livro final, deu para entender? De qualquer maneira, gostei de realizar esta leitura, e a vontade de conhecer alguns do assassinos mais profundamente, para mim, só aumentou.

SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL

Autor: Harold Schechter

Tradução: Lucas Magdiel

Editora: Darkside Books

Ano de publicação: 2013

SERIAL KILLERS, ANATOMIA DO MAL – O DOSSIÊ DEFINITIVO SOBRE ASSASSINOS EM SÉRIE O que faz gente aparentemente normal começar a matar e não parar mais? O que move – e o que pode deter – assassinos em série como Ed Gein, o psicopata americano que inspirou os mais célebres maníacos do cinema, como Norman Bates (Psicose, de Alfred Hitchcok), Leatherface (O Massacre da Serra Elétrica, de Tobe Hooper) e Hannibal Lecter (O Silêncio dos Inocentes, de Jonathan Demme). Como explicar a compulsão por matar e o prazer de causar dor, sem qualquer arrependimento? De onde vem tanta fúria? As respostas estão no livro da editora DarkSide® Books: SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL, dossiê definitivo sobre o universo sombrio dos psicopatas mais perversos da história. Escrito por Harold Schechter – que pesquisa o tema há mais de três décadas e já publicou, inclusive, a biografia de Ed Gein, Deviant (1998) -, o livro é referência fundamental a todos os que se interessam pelo universo da investigação e da criminologia. Pontuado por curiosidades macabras, dados científicos e fatos pouco conhecidos sobre a trajetória dos principais criminosos em série dos Estados Unidos, SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL abrange desde a criação do termo serial killer no início do Século XX (conforme exibido na série MINDHUNTER, da Netflix) até o fascínio exercido por matadores seriais na cultura pop (cinema, música e literatura). Com clareza, ritmo e muita informação, Harold Schechter traça perfis psicológicos impressionantes de criminosos que desafiaram a polícia, viraram notícia e continuam a nos assombrar nas telas da TV e do cinema. Além de Ed Gein, a galeria de personagens sinistros inclui o cannibal Jeffrey Dahmer, que chegou a matar e devorar uma pessoa por semana no verão de 1991; a ex-prostituta Aillen Wuornos (inspiração para o filme Monster), que, depois de confessar seis assassinatos, pediu para ser condenada à morte para interromper a matança; o assassino Zodíaco (cuja verdadeira identidade é desconhecida até hoje); Charles Manson, o lunático que comandou o assassinato da atriz Sharon Tate em um ritual macabro; e Green River Killer, principal assassino de prostitutas da história, só capturado pela polícia com a ajuda de outro serial killer. Em SERIAL KILLERS: ANATOMIA DO MAL você vai descobrir como eles matam e por que matam. Por prazer, dor, amor ou desespero. Por conta de famílias disfuncionais e infâncias perturbadoras. Em nome do demônio ou para o jantar… Histórias reais, assassinos reais, de uma maneira que você nunca viu, estudados com profundidade, rigor científico e conhecimento psicológico. Um livro fundamental para quem se apaixonou por MINDHUNTER, CSI, Dexter, Criminal Minds e para quem acompanha o canal Discovery Investigation e quer entender o que se passa na mente dos assassinos mais temidos e cruéis de todos os tempos. Sem dúvida, oriundos de um sociedade que precisa repensar urgentemente como cicatrizar essas feridas abertas.

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