Stalker é um thriller policial, segundo volume da série Joona Linna, do autor Lars Kepler, publicado em 2019 pelo selo Alfaguara da editora Companhia das Letras.

Sobre o Livro

O primeiro vídeo mostra uma mulher sozinha vestindo uma peça de roupa. Sem entender o que está acontecendo, a polícia ignora o fato. Mas não demora muito para a mulher ser encontrada morta e com o rosto completamente desfigurado em uma posição estranha dentro de sua própria casa.

Ao receber o segundo vídeo, a detetive Margot Silverman já está preparada, porém não há tempo de fazer nada. O vídeo é enviado momentos antes da mulher ser encontrada morta. Mais uma vez com o rosto totalmente desfigurado em uma posição estranha, o que faz a polícia acreditar se tratar de um assassino em série.

” Podemos vê-la – Adam diz. – Podemos ver o rosto dela, a casa. Meu Deus, podemos ver a vida dela, mas não somos capazes de descobrir quem ela é até que alguém encontre seu cadáver.”

Com a ajuda do psicólogo e hipnotista Érik Maria Baker, a polícia vai atrás de provas de um assassino em série e tentar desvendar esse mistério. Mas sem a ajuda do determinado detetive Joona Linna, que todos acreditam estar morto, e com uma série de plot twist, será a polícia capaz de resolver este caso?


Minha Opinião

Já começo informando que o livro faz parte de uma série, e que sim, eu li o segundo volume sem ter lido o primeiro. Perdi algumas informações sobre os personagens como policiais, médicos, legistas, e até mesmo a morte do detetive Joona. É como se você caísse de paraquedas no meio da vida dessas pessoas. Contudo, em relação a trama principal, que são os assassinatos dessas mulheres, não perdi um só detalhe e foi de tirar o fôlego do começo ao fim, só me dando ainda mais ânsia para ler o primeiro volume, O Homem de Areia.

Isso porque a narrativa possui capítulos curtos recheados de plot twist em uma escrita fluída e instigante. Lars Kepler é o pseudônimo do casal sueco Alexandra e Alexander Ahndoril, uma novidade para mim, que acredito ter dado muito certo. A sintonia na escrita é tanta, que é impossível perceber divergências ou quebra de narrativas ao longo da leitura.

” Não há nada mais difícil do que ter que informar um parente sobre a morte de um ente querido. Não há como se acostumar à dor que você inflige a outrem, ao modo como toda cor escoa do rosto de quem recebe a notícia. Qualquer tentativa de ser sociável, rir e brincar, desaparece.”

Não tenho como costume ler muito thriller policial, mas em Stalker acompanhamos bastante todo o cenário da trama. Ou seja, entramos a fundo na vida de todos os personagens, conhecendo-os e assistindo suas vidas fora do trabalho. E isso para mim é uma excelente característica em uma narrativa. Quando o autor deixa de falar que o personagem é tal coisa, faz tal coisa, para nos mostrar tudo isso, é fantástico.

Para desvendar o mistério a hipnose é a chave da história. Mas o problema é que ela não pode ser contada como prova, já que perante a lei hipnose é um ato não confiável. Contudo, as sessões trarão muitas lembranças e ideias aos personagens, e é então que a adrenalina por saber o que está acontecendo aumenta. Não somente para os personagens envolvidos, mas principalmente para nós leitores.

Talvez o único porém em Stalker seja a enrolação para se chegar ao assassino. Mas no meio de tantas coisas acontecendo, é quase imperceptível esse detalhe. E finalmente quando chega a revelação, meu sangue chegou a esquentar de aflição, o coração disparou, as mãos tremeram e eu só queria acreditar em um final satisfatório. Mas para saber se isso aconteceu, você terá que ler também.

As cenas no livro são bastante visuais, principalmente no final da narrativa, e por isso o livro é tão original. Você não vai encontrar um único momento em que não seja capaz de se ambientar. Portanto se esse é o tipo de história que vocês gosta, leia Stalker e fique literalmente eufórico de uma maneira que definitivamente vai te fazer suar.

STALKER

Autor: Lars Kepler

Tradução: Renato Marques

Editora: Companhia das Letras

Ano de publicação: 2019

O Departamento Nacional de Investigação Criminal de Estocolmo recebe um intrigante vídeo de uma mulher sozinha em seu quarto vestindo uma meia-calça. Ela não sabe que está sendo vigiada, e a polícia não leva as imagens a sério até ela aparecer assassinada. Quando o próximo filme chega, a detetive Margot Silverman tenta identificar a vítima, mas é tarde demais. Fica então claro que um assassino em série aterroriza Estocolmo. Como um voyeur, ele observa e filma suas vítimas dentro de casa, coloca os vídeos no YouTube, e as mata de modo brutal. A polícia chama o psicólogo e hipnotista Erik Maria Bark para ajudar no caso, mas uma sequência de reviravoltas torna a investigação muito mais complexa e perigosa. Será que o enigma pode ser revolvido sem o obstinado detetive Joona Linna, que todos acreditam estar morto?

Relacionados

Destaques

Insta
gram

[jr_instagram id='3']

Parceiros