Todo Mundo tem uma Primeira Vez é um livro de contos nacional, publicado pela Plataforma 21 em 2019. Conta com contos de Alê Santos, Bárbara Morais, Fernanda Nia, Jim Anotsu, Olívia Pilar e Vitor Martins.

Sobre o livro
Composto de seis contos escritos por seis nomes de destaque da literatura nacional contemporânea, a obra explora os diferentes tipos de primeiras vezes com as quais podemos ter contato durante a nossa juventude.
“Primeiras vezes são importantes, e tudo o que podemos fazer é vivê-las ao máximo.”
Nem toda primeira vez é feliz. Nem toda primeira vez é para sempre. Mas todo primeira nos marca e compõe, de uma forma ou de outra, a pessoa na qual vamos nos transformar.
Minha opinião
Sete Frases que Poderiam Mudar Tudo, o conto do Vitor Martins, era o que tinha me deixado com mais expectativas. Afinal, eu já sou fã do autor e seus dois romances anteriores foram favoritos absolutos para mim. E foi logo com ele que me decepcionei.
Adriano, nosso protagonista, recebe um e-mail do ex e todo o conto gira em torno do modo como ele lida com isso e da elaboração de uma possível resposta. O problema, para mim, foi que eu li 30 páginas e não cheguei a lugar nenhum. Não foi ruim, mas foi abaixo do que eu esperava. Tem o mesmo humor gostoso das outras obras do autor, mas nem de longe o mesmo impacto.
Dança comigo, da Olívia Pilar, ao contrário, entregou exatamente o que eu esperava: um romance gostoso clichê, porém com representatividade preta e LGBTQI+. Eu nunca tinha lido nada da autora, mas já tinha ouvido muitos comentários sobre seus contos e novelas e, embora esse estilo de romance clichê não seja meu favorito, foi uma leitura muito gostosa que só me fez bem.

O melhor de todos, do Jim Anotsu, com o perdão da piada, é literalmente o melhor de todos. Esse conto bateu em mim de um jeito que ainda não me recuperei, mesmo meses após fazer essa leitura. É forte, é real, é sensível… ainda me impressiona o que ele conseguiu criar em meras 30 páginas.
“A pista é perigosa para quem vem de onde a gente vem.”
É ao mesmo tempo uma aula sobre contar histórias e uma reflexão super pertinente sobre o modo como o racismo estrutural pode moldar uma pessoa. Impossível terminar essa leitura do mesmo jeito que você começou.
O herói na sala 307, da Fernanda Nia, também é uma ótima leitura. Misturando super-heróis com vida real muito bem, ela nos diverte enquanto nos faz pensar sobre o que é, de fato, ser um super-herói. Onde está o limite entre estar protegendo as pessoas e estar simplesmente distribuindo socos por aí, como uma milícia com glamour.
“Ser um herói não é punir ou matar pessoas, é salvar pessoas. É proteger.”
Confissões, da Bárbara Morais, dá aquele gostinho de literatura nacional que fala sobre nossas vidas, nossas infâncias, nossos vícios e experiências comuns. Tem um clima de férias em família que tocou em mim de uma forma muito pessoal, além de um humor muito peculiar que eu adorei!

Cangoma, do Ale Santos, tem uma pegada meio distópica, meio afrofuturista, misturando raízes com ficção especulativa de um jeito que me deixou bastante instigada. Senti que foi criado um mundo muito complexo para ser explicado para o leitor em poucas páginas, em apenas um conto, mas, ainda que não consigamos compreender todas as regras dessa versão do nosso mundo, os temas que o autor quer discutir aqui ficam muito claros e, por isso, dá para aproveitar muito bem a leitura.


TODO MUNDO TEM UMA PRIMEIRA VEZ
Autor: Ale Santos, Bárbara Morais, Fernanda Nia, Jim Anotsu, Olívia Pilar e Vitor Martins
Editora: Plataforma 21
Ano de publicação: 2019
A juventude traz inúmeras novas experiências. Pensando nelas, cada autor desta coletânea – em seu próprio estilo –, nos presenteia com uma narrativa diferente. São seis contos passando pelos gêneros ficção realista, fantasia urbana e distopia, em que o leitor é convidado a conhecer as primeiras vezes de diferentes personagens. O primeiro término, o primeiro ato de rebeldia, a primeira vez que se confia em alguém, a primeira vitória… Temas como sexualidade, família, engajamento, preconceito e inclusão social surgem de maneira sensível e instigante a cada história. Um exercício de reflexão e alteridade para com realidades diversas, além de um potente (re)encontro com descobertas que atravessam juventudes de todas as gerações. Todo mundo tem uma primeira vez, e ela sempre é transformadora.


TODO MUNDO TEM UMA PRIMEIRA VEZ
Autor: Ale Santos, Bárbara Morais, Fernanda Nia, Jim Anotsu, Olívia Pilar e Vitor Martins
Editora: Plataforma 21
Ano de publicação: 2019
A juventude traz inúmeras novas experiências. Pensando nelas, cada autor desta coletânea – em seu próprio estilo –, nos presenteia com uma narrativa diferente. São seis contos passando pelos gêneros ficção realista, fantasia urbana e distopia, em que o leitor é convidado a conhecer as primeiras vezes de diferentes personagens. O primeiro término, o primeiro ato de rebeldia, a primeira vez que se confia em alguém, a primeira vitória… Temas como sexualidade, família, engajamento, preconceito e inclusão social surgem de maneira sensível e instigante a cada história. Um exercício de reflexão e alteridade para com realidades diversas, além de um potente (re)encontro com descobertas que atravessam juventudes de todas as gerações. Todo mundo tem uma primeira vez, e ela sempre é transformadora.