The Elder Scrolls V: Skyrim é o quinto jogo da série The Elder Scrolls, seguindo os moldes de RPG (Role-Playing Game) digital de mundo aberto, produzido pela Bethesda Game Studios e lançado em 11 de novembro de 2011.

Se você nunca jogou Skyrim, deixa eu te explicar rapidinho o que é e como funciona: É um jogo de mundo aberto (isso significa que o jogador pode se desviar da missão principal, viajar para qualquer lugar do mapa, interagir com personagens do jogo além de fazer as missões principais que são o fio condutor da história principal do jogo) onde você pode ser quem quiser, de qualquer raça, qualquer classe. Logo no começo, você descobre ser um Dragonborn. Parte de uma classe perdida de guerreiros que absorvem a alma dos dragões e canalizam seus poderes através de frases e palavras antigas e poderosas, os Gritos (ou Shouts, porque o jogo tá em inglês).

Eu decidi ser uma elfa sombria (Dark Elf), já que a raça tem resistência ao fogo, afinal de contas, eu iria lutar contra dragões. E também decidi ser uma maga, porque sim. O problema de ser mago, é que magos (e elfos) num geral, não carregam armaduras muito pesadas. Elfos são seres ágeis, atacam à distância, sorrateiramente. Magos são estudiosos, poderosos, e também atacam à distância. É preciso usar roupas específicas, e se possível mágicas, para ajudar no uso da magia. Mas quando se joga num sistema de RPG, e não se tem uma constituição muito boa, é preciso ganhar os famosos XP (pontos de experiência) para poder evoluir e se tornar mais forte.

Para que isso aconteça, é necessário abandonar a missão principal e se fortalecer em missões secundárias. Todos precisam fazer isso, mas magos lindos e delicados como eu são bem mais fracos e tomam muito mais dano no começo. Dito isso tudo, vamos ao momento em que eu estou em meu singelo nível 3, mal conseguindo manter minha magia de fogo por mais do que cinco segundos, e entro em uma cidade chamada Whiterun.

Eu ainda estava explorando a cidade, então descobri, mais à esquerda, indo em direção ao palácio, um templo. Ao entrar nesse templo, encontro muitas pessoas doentes e feridas, sendo cuidadas por quem trabalha ali e pratica aquela fé. Uma dessas pessoas, e quem eu entendi ser meio que a chefe do lugar, é a Danica, que me vê e vem falar comigo. Me pergunta quem eu sou e após nos apresentarmos, pergunto o que está acontecendo.

Ela me conta que aquela é uma casa de cura, mas que a fonte de sua magia e poder, a árvore antiga chamada Eldergleam, está desativada. Ela precisa de uma arma específica, Nettlebane, uma faca mágica, para reativar os poderes da árvore, pois somente aquela faca é capaz de penetrar as raízes.

Claro que, sendo a boa pessoa que sou, e necessitando do XP, eu aceitei a missão de resgatar a Nettlebane e trazer de volta à Danica.

Então lá fui eu, caminhar um monte, em meio da neve, até chegar ao local indicado no mapa. Porém não conseguia encontrar uma entrada para aquele local. Dei voltas e mais voltas, até que enfim encontrei. Logo no começo daquele caminho, parecia que tinham acampamentos montados por ali. Eu já imaginava que teria que brigar pela posse da faca. O que eu não imaginava era que eu teria que brigar com mais de quatro feiticeiras treinadas e de nível muito maior que o meu.

Eu fui lá, e lutei com elas. No começo, eu não conseguia sequer passar de certo ponto da estrada, pois elas já me avistavam e me matavam. Então logo ficou claro que a estratégia de não ter estratégia não iria funcionar. Além de minha magia de nível 3 não estar fazendo nem cócegas nas feiticeiras.

Decidi então optar por algo que elfos fazem bem: entrar sorrateiramente. Me escondi em meio às árvores com meu companheiro, um elfo da floresta chamado Faendal, especialista em arco e flecha. Conseguimos avançar dessa forma por um bom tempo, conseguimos entrar no acampamento, coisa que antes não estava sendo possível. Mas ainda não tínhamos conseguido ver nenhuma das feiticeiras. Até que eu pisei para fora do meu esconderijo e… morri de novo.

Tentei novamente essa estratégia até conseguir ver alguma das feiticeiras de longe. Tentei matar elas com flechas. Não deu muito certo. Então, após todas essas tentativas e erros, eu simplesmente peguei uma espada e tentei ir por outro caminho.

Assim como eu, feiticeiras também não podiam tomar muito dano físico com armas, e foi somente assim que consegui dar conta de todas elas. Quando a última delas morreu, após horas presa nesse mesmo problema, consegui respirar aliviada e comecei a dar a volta na rocha enorme a qual elas estavam protegendo. Imaginei que a Nettlebane estaria ali em cima.

Antes que eu pudesse checar, uma bola de fogo me atingiu e quase me matou novamente. E após ficar esquivando de bolas de fogo que eu sequer sabia de onde vinham, eu encontrei um modo de subir na rocha, chegar ao topo, e encontrar um Hagraven.

Eu sinceramente nem sei como, mas consegui derrotar o tal do bicho. Inclusive foi muito mais fácil do que derrotar todas as feiticeiras. Após pegar a Nettlebane, que estava de posse do Hagraven, voltei para o templo em Whiterun para levar a faca para Danica. Eis que chego lá e ela me vê…

“Ah, você.” ela disse. “Conseguiu recuperar a Nettlebane?” eu digo que sim. “Ah, não pensei que fosse vê-la novamente.” E eu fico ali pensando “Ué, linda. Me mandou pra morte, maldita?”. Mas vida que segue. Tento entregar a faca para ela, e é nessa hora que ela decide me contar que a árvore não está ali. Eu preciso ir até um santuário subterrâneo para poder ativar os poderes da árvore lá. Confesso que se eu tivesse a opção, teria saído no soco com a Danica naquele exato momento. Mas segui meu caminho até o santuário da árvore sagrada de Eldergleam.

Dentro do santuário, segui meu caminho até uma subida de terra um pouco sinuosa, até um ponto onde uma grande raiz cortava o caminho e impedia a passagem.

Puxando a Nettlebane, atingi a raiz com um golpe e foi o suficiente para que aquele pedaço enorme de madeira ganhasse vida e se movesse, retirando-se da frente e me permitindo passar. Fiz isso mais algumas vezes até o caminho estar limpo e subi de vez ao pedaço do santuário onde se encontrava a antiga árvore Eldergleam. Me aproximei da árvore com a Nettlebane na mão e ativei novamente seus poderes. Fácil.

Quando me virei para ir embora, aparece um Spriggan. Novamente minha saga de morrer infinitas vezes começou.

Tentei as mais variadas estratégias, usando magia, armas, venenos. Toda vez que eu conseguia fazer a criatura ficar fraca, quase morrendo, ela se tornava invisível e se curava, vindo em minha direção com toda sua força e capacidade. Enquanto isso, cada vez que eu era atingida por suas garras, seu veneno, minha vida era reduzia pela metade. Tomei quase todas minhas poções de cura para conseguir derrotar aquele Spriggan. Quando finalmente consegui, vasculhei os restos da criatura, peguei algum dinheiro e algumas flechas, além de alguns ingredientes para alquimia. Me virei e fui embora feliz da vida de ter conseguido derrotar mais um inimigo muito mais forte que eu apenas com estratégia. Já estava descendo a rampa de terra que me levou até Eldergleam quando outro Spriggan apareceu, me matou e eu perdi todo o progresso de luta até aquele momento.

Temos uma lição aqui, crianças. Não se esqueçam de sempre salvar o jogo após uma batalha que você simplesmente não conseguia ganhar. Porque adivinha? Eu tive que lutar novamente com o primeiro Spriggan, até conseguir vencer e depois lutar com mais um, quase sem flechas, quase sem veneno, quase morrendo.

Mas eventualmente, eu consegui. Segui até Whiterun outra vez, para ver como tudo estava no templo da Danica. Chegando lá, estava tudo funcionando perfeitamente bem. Mas o ranço pela Danica já estava instaurado no meu ser.

A moral da história é: não aceitem qualquer missão se você não tem nível pra isso. Isso também se aplica na vida. Vocês também já se meteram em confusões assim enquanto jogavam?

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