Uni-duni-tê é do escritor M. J. Arlidge. Ele foi lançado em 2016 pela editora Record.

Sobre o livro

Um jovem casal acorda em um estranho lugar. Os dois não lembram como chegaram lá, sua última lembrança é pegar carona após um show. Após algum tempo, Amy e Sam encontram um celular. Quando ele toca, chega uma mensagem falando sobre uma arma no chão, com uma única bala. E com ela, temos uma importante decisão: alguém precisa morrer para o outro viver.

Passado um tempo, outros crimes continuam acontecendo, cada vez com uma dupla de pessoas diferentes. Cabe a detetive Helen Grace desvendar esses mistérios. Para isso, ela contará com o auxílio de Mark Fuller, seu parceiro detetive. Eles precisão correr para que menos inocentes morram. No entanto, suas pistas sobre quem é o assassino são muito suspeitas. E o pior, encontrar uma ligação entre as vítimas está cada vez mais difícil.

Preciso tentar me lembrar do que é real, do que é bom. Mas, quando se é um prisioneiro, os dias parecem não ter fim, e a esperança é a primeira que morre.

Quanto mais eles tentam entrar na cabeça desse psicopata, mais eles descobrem que não existe uma explicação. Tudo parece muito nebuloso e desconexo. Como encontrar um elo de ligação?


Minha opinião

A premissa do livro é muito interessante, apesar de me lembrar muito a franquia Jogos Mortais: duas pessoas, só uma vai sobreviver. Por isso, não fui esperando muito da história. A trama já começa nos mostrando quem é Helen Grace. E ela é aquele tipo de personagem que eu adoro: completamente doida da cabeça. Sua vida é uma completa bagunça, ela tem dificuldade em se relacionar com as pessoas, possui um passado sofrido e continua sendo atormentada no presente.

Apesar disso, ela não deixa de ser uma pessoa humana, que se preocupa com os outros. Todos os problemas que ela enfrenta, não a tornam alheia aos problemas do mundo. Com sua postura intimidadora, ela vive completamente para o trabalho e se faz respeitar em um ambiente majoritariamente masculino.

A voz do outro lado era distorcida, inumana. Eu quis implorar por misericórdia, explicar que haviam cometido um erro terrível, mas o fato de saberem meu nome pareceu acabar com qualquer convicção que eu pudesse ter.

Seu parceiro de trabalho, Mark Fuller, foi muito difícil para mim. Não consegui sentir empatia por ele em nenhum momento. Embora ele seja uma pessoa muito importante na trama, acredito que poderia ser facilmente descartado ou substituído por um personagem com maior apelo emocional. Sua postura e atitudes me incomodaram muito.

O livro acabou me surpreendendo mais por ter uma narrativa dinâmica, com revelações sob medida, porém não tão originais. As semelhanças com Jogos Mortais param por aí, pois as motivações e a pessoa responsável por esses atos sádicos, seguem outro caminho.

Intercalada com a investigação, temos as lembranças de uma criança que é claramente perturbada. Quem é ela? Sua história e problemas são dolorosos e fiquei pensando qual a sua ligação com a trama. O livro acaba se destacando por isso, pequenos detalhes, em diferentes trechos, acabam se conectando ao final.

Como fazemos para acordar de um sonho? Quando se está no meio de um pesadelo, como escapamos do abismo?

As pistas que apontam para o sequestrador parecem erradas. Fiquei intrigada sobre o que o livro acabaria entregando para mim. Quando eu achava que tinha todas as respostas, vinha uma nova revelação que mudava todas as minhas perguntas. A história é interessante, mas conhecer o drama pessoal dos personagens é muito melhor.

 

 

UNI-DUNI-TÊ

Autor: M.J. Arlidge

Tradução: Maurette Brandt

Editora: Record

Ano de publicação: 2016

Um assassino está à solta. Sua mente doentia criou um jogo macabro no qual duas pessoas são submetidas a uma situação extrema: viver ou morrer. Só um deverá sobreviver. Um jovem casal acorda sem saber onde está. Amy e Sam foram dopados, capturados, presos e privados de água e comida. E não há como escapar. De repente, um celular toca com uma mensagem que diz que no chão há uma arma, carregada com uma única bala. Juntos, eles precisam decidir quem morre e quem sobrevive. Em poucos dias, outros pares de vítimas são sequestrados e confrontados com esta terrível escolha. À frente da investigação está a detetive Helen Grace, que, na tentativa de descobrir a identidade desse misterioso e cruel serial killer, é obrigada a encarar seus próprios demônios. Em uma trama violenta que traz à tona o pior da natureza humana, Grace percebe que a chave para resolver este enigma está nos sobreviventes. E ela precisa correr contra o tempo, antes que mais inocentes morram.

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