Mary Stuart é uma obra de Alexandre Dumas, trazida ao Brasil pela Editora Wish no início de 2020.

Sobre o livro

O livro foi publicado pela primeira vez em uma coleção chamada Crimes Célebres de Alexandre Dumas, o qual fala sobre a história de Mary Stuart, a rainha da Escócia. Nessa edição trazida pela editora Wish somos levados diretamente à Escócia no ano de 1543 onde Mary retorna à Escócia depois da morte de seu marido, o rei da França. O livro conta a história depois desse período onde então a rainha tem que unir um país totalmente desunido por crenças políticas e religiosas, e ainda entra em disputa pelo trono inglês com sua prima Elizabeth.


Minha opinião

A história da rainha Mary Stuart já foi contada diversas vezes em adaptações para o cinema, sendo já bem conhecida entre os amantes de romances históricos. Entretanto ao ler a obra de Alexandre Dumas, fiquei surpresa com a forma que a narrativa se desenrolou e como ele apresentou todos os fatos.

No livro somos apresentados a uma ficção baseada na biografia de Mary Stuart, então muitos elementos podem ser questionados, mas é apenas para deixar o leitor um pouco mais contente com uma história bem trágica. Mary Stuart com apenas seis dias nesse mundo já desfrutava da posição de rainha da Escócia. Nascida em uma posição muito nobre ela nunca desfrutou de outro sentimento que não fosse o da realeza.

Prometida muito jovem ao Delfin da França, ela residiu por toda sua vida em solo francês, apenas retornando ao seu país de origem quando a morte do seu marido se sucedeu. Foi educada e criada com toda a cultura e luxos franceses e enquanto vivia na corte tinha uma boa vida. Ao retornar para a Escócia, Mary estava em luto e não sabia o que poderia encontrar, mas os rumores a avisavam que o país estava detestando sua volta.

“Ali as qualidades felizes de Mary se desenvolveram. Nascida com o coração de uma mulher e a cabeça de um homem, Mary não apenas conquistou todas as realizações que faziam parte da educação de uma futura rainha, mas também o conhecimento real que é objeto dos verdadeiramente instruídos”

Uma rainha muito jovem que chamava atenção por sua beleza e desfrutou muito cedo de uma posição nobre, essa era Mary Stuart, movida por paixões impossíveis ela basicamente abdicou de sua coroa em nome do amor. Todos os seus casamentos foram fracassados, em especial o último foi a causa de ter sido julgada e posteriormente decapitada por sua prima Elizabeth.

No livro encontrei diversos personagens e precisei fazer pausas para relembrar sobre quem eles eram durante a história, uma vez que são muitos títulos e honrarias que a maioria deles têm. Mas, isso não foi um fator ruim ou que interferisse na leitura, a escrita de Alexandre Dumas é primorosa e faz com que o leitor seja transportado para aquela época e consiga visualizar todo o cenário.

A leitura é fluída e curta, fazendo com que a história seja tão envolvente que o leitor tenha vontade de finalizá-la rápido. Além disso, a escrita é de fácil entendimento e a personagem principal é muito bem desenvolvida, fazendo com que o leitor consiga criar muita empatia por ela. A forma com que somos introduzidos na corte escocesa e poder visualizar as intrigas e traições faz com que a história avance muito rápido e que o leitor se sinta em uma visão privilegiada dos acontecimentos.

Não esperava gostar tanto da história, a forma com que foi descrita a rivalidade de Mary e Elizabeth e o jeito com que a rainha da Escócia lidava com os problemas foram essenciais para me prender durante a leitura.

“Mary era uma harmonia na qual o entusiasta mais ardente pela forma esculpida não encontraria nada para reprovar.”

“A rainha era cúmplice ou não? Ninguém, exceto ela, Bothwell e Deus, jamais soube, mas, cúmplice ou não, sua conduta, imprudente dessa vez como sempre, deu à acusação que seus inimigos imputaram a ela.”

A história de Mary Stuart é algo que sempre foi muito comentado principalmente por uma situação em que muitos dizem que ela tem culpa e outros dizem que não. Mas, para além disso, acredito que a história da rainha da Escócia chama tanta atenção por ter sido retratada com uma figura feminina muito forte e determinada.

Esse livro é para todos os amantes de história e de biografias, e o seu interior é recheado de ilustrações da época, complementando ainda mais a experiência.

MARY STUART

Autor: Alexandre Dumas

Tradução: Cláudia Melo Belhassof e Andréia Manfrim Alves

Editora: Wish

Ano de publicação: 2020

Apesar de tudo, a Rainha da Inglaterra titubeou. Executar uma rainha ungida por Deus, da mesma forma como seu pai fizera à sua mãe, Ana Bolena, era passar uma mensagem perigosa para os outros: a de que o sangue dos reis era tão vermelho quanto o do mais singelo dos mortais. Publicado pela primeira vez como parte de uma coleção de oito volumes chamada Crimes Célebres, a obra Mary Stuart conta a trágica história da Rainha da Escócia, desde sua infância até a disputa de poder com Elizabeth I e, por fim, sua sombria execução.

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