Sapphique é o livro que fecha a duologia Incarceron, ele é escrito pela autora Catherine Fisher e foi lançado no Brasil pela editora Novo Século em 2012.
Sobre o Livro
Finn finalmente saiu da temível Incarceron com a ajuda de Cláudia, também descobriu que na verdade é o príncipe herdeiro, o qual foi sequestrado a mando da rainha e preso para que seu meio-irmão pudesse subir ao trono. Agora livre, Finn vai perceber que estar no exterior não é a mesma coisa de ter liberdade, pois terá que entrar no jogo da corte para conseguir sobreviver e provar que é o verdadeiro herdeiro.
Nessa jornada ele terá Claudia como sua principal aliada, que ao mesmo tempo que tem convicções que Finn é realmente o príncipe, carrega dúvidas em seu julgamento quando fortes evidências começam a aparecer.
” Dizem que Sapphique não foi o mesmo após a Queda. Sua mente se contundiu. Ele imergiu no deserto, nas profundezas da Prisão. Rastejou nos Túneis da loucura. Procurou lugares escuros e homens perigosos.”
Ainda dentro da prisão, Keiro e Attia acreditam que a lenda sobre a luva de Sapphique é real, o objeto segundo os boatos carrega o conhecimento e o poder para sair da Incarceron. Como essa única oportunidade de enfim ficar livre daquele lugar hostil, os dois vão ir nas entranhas da prisão, mas uma coisa que não esperavam é que, Incarceron também deseja a luva, para que assim possa também ser livre dela mesmo e poder ser o tão almejado exterior. Para isso está disposta a matar todas as pessoas que vivem em seu interior para assim construir seu próprio corpo.
Finn e Claudia no exterior. Keiro e Attia na prisão. Ambos estão à procura da liberdade, mas para obtê-la terão que derrotar inimigos que são quase impossíveis de vencer.
Minha Opinião
A narrativa de Sapphique foi um pouco mais lenta que a do primeiro livro, devido ao fato da mudança de local que acabou quebrando o fluxo para mim, mas quando tudo começa a se desenrolar, de fato a narrativa também corre. Nos primeiros momentos do livro está tudo meio confuso para alguns personagens, várias revelações e consequências são jogadas para o leitor e isso cria uma expectativa para sabermos como cada um vai resolver esses empecilhos.
Mesmo sendo um livro que gosto muito, tenho que admitir que esse é muito previsível, o que não necessariamente é um problema, porém alguns leitores podem não curtir essa característica, pois a autora não cria nada que possa chamar atenção ou enganar o leitor para que a verdade seja escondida por um tempo.
Claudia, entre todos os personagens foi a que teve a mudança mais notável, até parece uma outra pessoa. No livro um, ela tinha um temperamento mais calmo, mesmo sendo uma menina determinada que sabia o que queria e sabia os meios de conseguir. Já no segundo passou a ser mais ranzinza, tratando o Finn com uma educação bem deplorável, mesmo sendo alguém que ela lutou para resgatar. Em muitos momentos ela só pensava em seu próprio umbigo.
Finn por outro lado continua o mesmo, por mais que Claudia afirme que ele é o príncipe, sente aquela dúvida que sempre bate à porta e isso faz com que a gente duvide às vezes das verdades que defendem.
“- A prisão está consumida de desejo. Sapphique deu início a isso porque, quando usou a Luva, ele e a prisão se tornaram uma mentri. Ele a infectou.”
Diferente do primeiro livro, aqui vemos alguns furos, falta um desenvolvimento dos rebeldes em toda essa busca por liberdade que eles tanto almejam, e apesar de ser mostrado a consequência de abolir o “protocolo”, senti falta de ser algo mais aprofundado, que fosse mostrado mais disso. E o final foi super aberto em relação como os personagens iam dar continuidade a todo o caos que ficou.
Incarceron se mostrou a melhor vilã da duologia, sendo mais humana que os humanos dentro da trama, ela tinha propósitos, ela queria poder, mas também queria ser liberta do que ela nasceu para ser.
Sem mais nada a relatar finalizo dizendo que me diverti muito na leitura, ela entregou coisas que não prometeu e ao mesmo tempo deixou coisas que era prometido. Se você assim como eu ama uma distopia, não pode perder a chance de conhecer a ilustre prisão Incarceron.
SAPPHIQUE
Autor: Catherine Fisher
Tradução: Paula Rotto
Editora: Novo Século
Ano de publicação: 2012
Na escura Incarceron, os prisioneiros contam as histórias de um homem lendário: Sapphique, o único detento capaz de escapar da terrível Prisão. Há centenas de lendas a seu respeito, mas será que alguma delas é real? Attia e Keiro acreditam que sim. Quando descobrem que um mágico maluco chamado Rix estaria com a luva perdida de Sapphique, eles resolvem roubá-la. Enquanto isso, no Reino, Finn já não acha tão fácil ser um Príncipe, e se vê às voltas com dúvidas a respeito de sua própria identidade. Quem somos nós? Podemos fazer tudo aquilo que os outros esperam de nós? Podemos escapar de nós mesmos? Viva os terrores da Ala do Gelo, um duelo, um baile de máscaras e a temível ira de uma Prisão determinada a abandonar seus detentos à infinita escuridão e à morte.
