Escrito pela inglesa Catherine Fisher, Incarceron foi lançado no Brasil en 31 outubro 2012 pela editora Novo Século, sendo o primeiro livro de uma duologia.

Sobre o Livro

Incarceron é uma prisão, não uma comum, mas uma imensa prisão com grandes corredores, vastas florestas, mares e diversas alas. Incarceron foi criada e selada há séculos para abrigar a escória do mundo, e também para criar um paraíso para esses criminosos. Ninguém, exceto Sapphique, o qual ninguém sabe se realmente existiu, conseguiu escapar. 

Finn é um prisioneiro nesse vasto mundo prisão, e o jovem não se lembra nada de sua vida antes de determinado ponto, não sabe nem mesmo suas origens, única coisa que tem convicção é que não nasceu na prisão e nem foi feito por ela, e sim, que veio do exterior, pois ele possui visões ou lembranças. Ninguém da sua ala acredita que o garoto realmente veio de fora, mas ao encontrar um misterioso objeto de cristal que possui o desenho de uma águia, o mesmo que carrega em seu pulso, Finn com a ajuda de seu irmão por juramento, um velho sábio e uma ex-escrava partiram nas muitas Alas da Incarceron a procura da saída para o exterior

” – Você já falou com Incarceron, Mestra? Na noite mas escura, quando todos os demais estão dormindo? Já rezou e sussurrou para a Prisão? Implorou para que acabasse com o pesadelo do vazio? É isso o que fazem os nascidos na cela. Porque não há mais ninguém no mundo. A Prisão é o mundo.”

Cláudia é uma filha, a filha do guardião da prisão e vive no exterior, e seu casamento arranjado com o nojento príncipe herdeiro está perto de acontecer. Entretanto, Cláudia fará o possível ao seu alcance para impedir que esse casamento aconteça, mas isso pode ser algo bem difícil. Com a ajuda de seu professor, a jovem irá descobrir segredos que envolvem o seu casamento e a configuração que o reino se encontra, e esses mesmos segredos levarão a atenção de Cláudia para Incarceron e para Finn, mas o problema é onde fica a prisão?


Minha Opinião

Incarceron é sem dúvida uma das minhas melhores leituras de 2022! A narrativa da autora é bem fluida, o que me cativou desde o início, me prendendo nas páginas ao ponto de ler os livros em poucos dias.  Catherine Fisher tem uma coisa na dinâmica de sua narrativa que falta muitos na maioria dos autores, ela consegue desenvolver seu mundo e seu enredo sem enrolar muito com cenas de cotidianos que às vezes não agregam em nada, entregando um livro com uma quantidade razoável de páginas e como o desenvolvimento muito bom.

Me vi preso nos pontos de vista do personagem Finn, o qual nos mostra o imenso mundo que é Incarceron, vemos ao poucos as suas alas e quão diversas elas são, vemos como os detentos criaram suas próprias culturas que se diferenciam de ala para ala, podemos entender como a previsão foi feita e o seu real propósito. O mundo exterior também é algo que gostei muito com seu cenários meio tecnológicos para algumas coisas e um medieval para outras, as pessoas deste reino vivem sobre um protocolo, onde certas coisas são limitadas, desde roupas a forma de se portar na sociedade, e é com essa configuração que é apresentando o grupo revolucionários padrão de distopia, Os Lobos de Aço.

” Estamos todos interminavelmente acorrentados ao Protocolo, escravizados por um mundo estático e vazio, onde homens e mulheres não podem ler, onde os avanços científicos da era são privilégio dos ricos, onde artistas e poetas estão condenados a incessantes repetições e reelaborações estéreis de obras-primas passadas. Nada é novo. O novo não existe. Nada muda, nada cresce, evolui, progride. O tempo parou. O Progresso é proibido.”

Com uma lista muito pequena de personagens, a autora nos apresenta figuras mais dinâmicas que se completam em cenas. Finn é um personagem que levou um tempinho para que criasse afeição porque ele é muito confuso, e a narrativa deixa isso muito a mostra, ele as vezes duvida muito do que ele acredita e isso faz com que o leitor também duvide de tudo que ele fala, entretanto, quando o próprio personagem começa a se entender fui criando um vínculo e torcendo para que ele consiga sair da temida Incarceron. A própria prisão é um personagem incrível em termos de complexidade, acho até que a autora desenvolveu mais a prisão como um personagem que os outros.

A autora também mostra duas visões de o que é estar preso, de um lado temos indivíduos que realmente estão presos em uma prisão, e que almejam a liberdade, como também vemos que Cláudia apesar de se encontrar fora da Incarceron também estar presa em todo o circo que seu pai criou para a colocar no trono, então o livro é sobre a busca por liberdade.

O livro possui uma capa linda, como também uma diagramação perfeita e uma ótima tradução! A indicação fica para quem curte livros de ação, aventura, distopia.

INCARCERON

Autor: Catherine Fisher

Tradução: Paula Rotta

Editora: Novo Século

Ano de publicação: 2012

Imagine uma prisão tão grande e tão vasta, a ponto de conter corredores e florestas, cidades e mares. Imagine um prisioneiro sem memória, que acredita firmemente ter nascido no Exterior, mesmo que a prisão esteja selada há séculos e que apenas um homem, em cuja história se misturam realidade e lenda, tenha dela conseguido escapar. Agora, imagine uma garota vivendo em um palácio do século XVII movido por computadores, onde o tempo parece ter sido esquecido. Filha do Guardião, está condenada a aceitar um casamento arranjado, cujos segredos a aprisionam em uma rede de conspirações e assassinatos, da qual ela deseja desesperadamente fugir. Um está dentro. A outra, fora. Entretanto, os dois estão aprisionados. Conseguirão enfim se encontrar? Parte fantasia, parte distopia, Incarceron reserva ao leitor a emocionante aventura de Finn e Claudia, dois jovens que desejam, a qualquer custo, destruir a barreira que os separa da liberdade.

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