Publicado originalmente em 1978, tem sua edição no Brasil pela Arqueiro em 2018. É do autor escocês Ken Follett.

Sobre o Livro

Se passando nas vésperas do Dia D em 1944, a Alemanha se vê em um impasse prestes a sofrer uma grandiosa derrota após ser enganada pelos Aliados com um exército totalmente falso construído de borracha, papelão e objetos infláveis.

Para que esse cenário de exército falso dê certo, os Aliados precisam garantir que Hitler se convença de que uma grande ameaça vem da costa francesa.

“[…] Pensou se deveria enterrar os cinco mortos.

Demoraria entre trinta e sessenta minutos, pensou, dependendo de quão bem escondesse os corpos. Durante esse tempo poderia ser apanhado.”

Mas um espião mais confiável de Hitler, Faber, se infiltra no Reino Unido para conseguir dados sobre esse exército e seus movimentos, porém acaba descobrindo a farsa que os Aliados estavam tentando montar contra os nazistas.

Em tempos de guerra, Faber carrega consigo um rolo de filme com as fotos comprovando o que ele viu e por isso fará de tudo, inclusive matar, para poder chegar até Hitler com suas provas. Enquanto o espião deixa pistas na Inglaterra com um rastro de mortes, os agentes Bloggs e Glodiman vão seguindo uma por uma até alcançar o espião nazista infiltrado.

Minha Opinião

Esse foi o primeiro romance publicado pelo Ken Follett. Depois do sucesso desse livro que fez surgir até um filme com o mesmo nome em 1981, vemos uma história que lançou Follett para a literatura da espionagem, da ficção histórica e da perseguição policial.

Esse livro se destacou fundamentalmente por causa de um elemento que na época, década de 70, não era comum nas histórias: o protagonismo de uma heroína. Até então muitos livros eram publicados com homens tendo protagonismo e sendo heróis das histórias e as mulheres em um papel secundários. Às vezes nem existentes.

Para aqueles que já conhecem Follett já é sabido que seus livros são repletos de personagens feministas que ousam desafiar a sociedade machista. E elas acabam sendo minhas personagens preferidas.

“[…] – Um dos aspectos mais vitais da farsa é um enorme exército de mentira, chamado de Primeiro Grupo do Exército dos Estados Unidos, localizado na área restrita que aqueles homens estavam patrulhando. Lá há alojamentos falsos, aviões de papelão, tanques de borracha: um enorme exército de brinquedo que parece verdadeiro.”

Neste livro, apesar de ser seu primeiro, não foi diferente. Lucy tem um papel fundamental na história e é por isso que todo leitor quando for ler esse livro preste atenção nela. Pois essa história se lançou para o mundo todo devido a um protagonismo feminino não visto comumente.

Essa história também ganha por ter um ritmo diferente. O tempo todo se desenvolve pela perseguição. Mas diferente de muitos livros de suspense, este a gente acompanha o espião como um dos protagonistas da história.

É como se a história fosse contada pelo vilão e não pelo herói como geralmente vemos nos livros. Enquanto que sabemos também sobre a história da Lucy, de Bloggs e Glodiman, também nos deparamos com a história de Faber que toma capítulos e capítulos do livro.

Não é um livro que possa aparentar no início ser um história surpreendente. Nele não existe mistérios como esperamos em um livro de suspense. É um livro que facilmente deduzimos o seu final devido ao próprio período histórico que conhecemos, a Segunda Guerra Mundial. Mesmo assim ele começa a se tornar muito interessante na metade para o final por que passamos a entrar em um ritmo cada vez mais frenético de perseguição.

“- E então… quais são as tais ordens do próprio Hitler?

– Bem, senhor, o Reich acredita que haverá uma invasão da França neste ano.

– Brilhante, brilhante.”

Sinto que não foi o melhor livro que Follett já escreveu e percebi sua evolução que ele teve desde seu primeiro livro até os de hoje. Ele passou de um suspense mais simplório para um suspense novelesco tão bom que me fez me apegar aos seus livros.

Se você quer ler um suspense de espionagem rápido e tranquilo de ler que te possa prender até a última página este é ideal e é perfeito para conhecer o autor. Sinto que cada livro dele aprendo mais um pouco de história. E é essa sua intenção nos seus livros.

O BURACO DA AGULHA

Autor: Ken Follett

Tradução: Alves Calado

Editora: Arqueiro

Ano de publicação: 2018

O ano é 1944. Os Aliados estão se preparando para desembarcar na Normandia e libertar os territórios ocupados por Hitler, na operação que entrou para a história como o Dia D. Para que a missão dê certo, eles precisam convencer os alemães de que a invasão acontecerá em outro lugar. Assim, criam um exército inteiro de mentira, incluindo tanques infláveis, aviões de papelão e bases sem parede. O objetivo é que ele seja fotografado pelos aviões de reconhecimento germânicos. O sucesso depende de o inimigo não descobrir o estratagema. Só que o melhor agente de Hitler, o Agulha, pode colocar tudo a perder. Caçado pelo serviço secreto britânico, ele deixa um rastro de mortes através da Grã-Bretanha enquanto tenta voltar para casa. Mas tudo foge a seu controle quando ele vai parar numa ilha castigada pela tempestade e vê seu destino nas mãos da mulher inesquecível que mora ali, cuja lealdade, se conquistada, poderá assegurar aos nazistas a vitória da guerra. Na obra-prima que lhe garantiu, há 40 anos, a entrada no cenário da literatura, Ken Follett fisga o leitor desde a primeira página, com uma trama repleta de suspense, intrigas e maquinações do coração humano.

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