O que aconteceria se uma influencer que, por brincadeira, se candidatou a governadora do estado do Rio de Janeiro acabasse ganhando as eleições? Esta é a história de Fefê, a recém eleita governadora de um dos estados mais populosos do Brasil que agora terá que enfrentar as responsabilidades de seu cargo em um país de um futuro distópico tomado pela corrupção e polarização.

Querendo já desistir antes mesmo da cerimônia de posse, Fefê deve encarar um desafio que nem ela mesmo pensou que um dia enfrentaria: como ser governadora e como governar. Trazendo muito humor e críticas à política brasileira, a vida ficcional de Fefê reflete muito às situações atuais e reais do Brasil nos tempos de hoje: a produção de notícias falsas, a polarização, os interesses políticos, os monopólios, a corrupção, a velha política e a reação do povo diante a tudo isso.

Esta nova série da Amazon Prime Video promete entregar capítulos repletos de críticas a nossa política, reflexões sobre nossas vidas no cotidiano e no cotidiano da própria política no Brasil. Além disso, claro, o humor se faz presente e necessário, onde tenta trazer leveza ao apontar nossos problemas críticos enquanto sociedade. O humor é um elemento muito importante e fundamental para esta série pois a caracterizou como uma série de brasileiro para brasileiro. E assim surge Eleita, uma tragicomédia distópica e realista. Para mim uma obra prima, apesar de achar que a série poderia ter melhorado mais.

Há algumas problemáticas para levantar. A primeira é o uso de alguns elementos muito pesados que eu até me senti desconfortado. Porém, vale ressaltar que eles são quase inexistentes mas se fazem presente na série. Creio que qualquer um que vê-los saberão do que falo. Outro ponto que não vejo como uma problemática mas para mim não fez sentido foi de inserirem um episódio voltado mais para um musical, o que quebra até com o estilo cinematográfico brasileiro e ao ritmo da história. O início do primeiro episódio também achei um pouco desregulado comparado com a melhora que os próximos episódios entregam.

Agora os lados positivos temos vários. Primeiro que entrega uma comédia muito boa principalmente para quem tem um interesse ao menos mínimo sobre política. As críticas são bem pontuais e há muitas referências que a gente pode ir colhendo em cada episódio. A comédia não acompanha aquele tipo de comédia romântica que os filmes brasileiros sempre têm, apesar de que há um elemento ou outro que a gente acaba encontrando. Há a participação de atores famosos como Ingrid Guimarães além de Fefê ser protagonizada por Clarice Falcão. Além é claro do papel da diversidade que é muito debatido na série.

O que posso dizer é que devorei todos os episódios da série em menos de 24 horas. E o desfecho desta primeira temporada me deu não só um “gostinho de que quero mais” como também uma possibilidade de ser renovada. E como alguém que valoriza muito uma produção brasileira, não poderia deixar de incentivar a todos aqueles que gostam de um meme da internet sobre política ou até os memes de debates em período eleitoral.

ELEITA (1° TEMPORADA)

Diretor: Carolina Jabor e Rodrigo Van der Put

Elenco: Clarice Falcão, Diogo Vilela e Polly Marinho

Ano de lançamento: 2022

Fefê, uma jovem influenciadora digital, decide fazer uma brincadeira com os amigos e se candidatar ao governo do Rio de Janeiro. Porém, a aposta acaba fazendo mais sucesso do que ela esperava e a população decide elegê-la.

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