Por Isso a Gente Acabou é um livro do autor americano Daniel Handler com ilustrações de Maira Kalman. O autor também é conhecido por seu pseudônimo Lemony Snicket, de Desventuras em Série. A publicação é de 2012 pela editora Seguinte.

SOBRE O LIVRO

Minerva Green é uma garota que teve seu coração partido. Durante o momento de luto e superação, ela escreve uma carta ácida para seu ex-namorado, Ed Slarteron. E é assim que somos apresentados à história desse casal tão incomum. Nossa protagonista Min jamais esperaria que iria se apaixonar por Ed, pois ele não é da sua turma, aliás, muito pelo contrário, ele faz parte da elite do colégio, os populares. Mas durante uma festa, a magia acontece e eles se conhecem e acaba rolando uma enorme química.

Então, após algum tempo juntos, eles terminam. E, com a carta, ela também entrega um box cheio de coisas que representaram o namoro dos dois, e vai citando quais foram os motivos que fizeram com que aquele namoro não desse certo.

“Estou contando porque a gente acabou, Ed. Estou escrevendo, nesta carta, toda a verdade sobre o que aconteceu. E a verdade é que, porra, eu te amei demais.”

Apesar de um tentar se adaptar aos gostos extremos do outro, ambos são pessoas bem diferentes, com suas personalidades e peculiaridades, e aos poucos vamos descobrindo o que aconteceu para aquele relacionamento durar o tempo exato que durou. Ed por outro lado, nem sabia de diversas coisas que estavam acontecendo, e ele, assim como nós leitores, ficará surpreso ao descobrir o porque deles terem terminado.


MINHA OPINIÃO

Esse livro me encantou quando eu o vi na livraria e tive o enorme prazer em ver suas ilustrações maravilhosas. Apesar de também ter curtido bastante a sinopse, foram esse detalhes feitos pela artista Maira Kalman que realmente me fizeram ter vontade de lê-lo. A diagramação do livro está impecável e a escrita da autora flui bem durante a história, há bastante gírias e isso torna a leitura mais fácil.

A Min é um adolescente de 16 anos que faz jus à sua idade. Algumas vezes achei ela extremamente romântica, daquelas que larga seu passatempo favorito pra ir ver o namorado jogar basquete, coisa que ela não gostava, mas se entregou de corpo e alma para que aquele relacionamento funcionasse. Com isso entendemos um pouco seu coração quebrado da forma que ela narra no livro. Mas, apesar de cometer diversos erros comuns pra idade dela, ela tem a maturidade de reconhecê-los enquanto conta sua história de “amor” com Ed.

Já ele não chegou a verdadeiramente me conquistar, talvez pelo fato de eu já saber o fim que terá o romance deles. Em alguns momentos ele até se mostra ser um jovem legal, mas em outras partes, ele é um verdadeiro babaca! Sem contar no enorme ciúme e inveja que as ex-namoradas (que são várias garotas) sentiam ao ver eles andando junto no colégio.

“Foi por isso que a gente acabou, Ed, por uma coisinha pequena que sumiu ou quem sabe nunca tenha estado de verdade nas minhas mãos.”

Conforme somos apresentados à história, conhecemos alguns personagens secundários, como por exemplo Al, o melhor amigo de Min. Ele e ela são verdadeiras almas gêmeas para gostos, ambos são fascinados pela 7ª arte e se tratam como irmãos.

Uma coisa que eu adoro em livros é referências trazidas do mundo real para dentro das obras, sejam elas sobre filmes, músicas e etc. Nesse caso, Min é extremamente fascinada pelo mundo dos filmes, aliás, seu sonho é ser diretora de cinema um dia. Então, naturalmente, a personagem cita diversos filmes durante o livro, mas eu nunca tinha ouvido falar de nenhum deles. Nessa parte fiquei um boiando, e me incomodou um pouco. Então caso você não seja um grande conhecedor ou cinéfilo, já vá com isso em mente.

Esse foi verdadeiramente um livro sobre término de relacionamento. Há muito drama adolescente, problemas comuns da idade, chateação e até uma certa birra. Mas é um bom livro que superou minhas expectativas. Eu me vi encantada pelo trabalho gráfico e por querer saber qual foi o principal motivo do rompimento de Min e Ed.

Se você está esperando um romance pra chorar litros de lágrima, esse não é o que você está procurando, apesar de todo emocional carregado nos diálogos do passado narrados por Min, em momento nenhum fiquei triste o suficiente para chorar, mas refleti bastante sobre o que era ser adolescente, e como isso é difícil na maioria das vezes. Por mais que as pessoas não entendam, os protagonistas estão na idade de se apaixonar e “desapaixonar” muito fácil, é uma época de descobertas, mas algumas coisas podem realmente machucar uns aos outros.

Esse foi o primeiro livro que li do autor e gostei muito da forma que ele conduziu a história. É algo simples mas que carrega um turbilhão de sentimentos de sua protagonista. Com certeza irei procurar outras obras dele para ler, inclusive Desventuras em Série, que eu já conheço a história por causa do filme/série e espero explorar também em forma de livro.

POR ISSO A GENTE ACABOU

Autor: Daniel Handler

Editora: Seguinte

Ano de publicação: 2012

Por isso a gente acabou trata, com a comicidade típica do autor, de uma situação difícil pela qual todos um dia irão passar: o fim de uma relação amorosa e toda a angústia, tristeza e incerteza que essa vivência pode gerar. Min Green e Ed Slarteron estudam na mesma escola e, depois de apenas algumas semanas de convívio intenso e apaixonado, acabam o namoro.
Depois de sofrer muito, Min resolve, como marco da ruptura definitiva, entregar ao garoto uma caixa repleta de objetos significativos para o casal junto com uma carta falando sobre cada um desses objetos e do episódio que ele representou, sempre acrescentando, ao final, uma nova razão para o rompimento. Essa carta é o texto de Por isso a gente acabou, que é, assim, carregado de um tom informal e tragicômico – características da personagem – e traduz com um misto de simplicidade e profundidade a história de uma separação. Imerso neste universo adolescente, o leitor conhecerá a divertida personalidade de Min, uma garota apaixonada por filmes cujo sonho é ser diretora de cinema, e as idas e vindas deste romance, desde o dia em que os dois conversaram pela primeira vez até o instante em que tudo acabou. A artista Maira Kalman, autora de diversas capas da revista The New Yorker, ilustrou cada um dos objetos da narrativa, trazendo cor e descontração a esta história dolorida.

 

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