Resgate de Erak é o sétimo livro da série Rangers – Ordem dos Arqueiros, do autor John Flanagan. A publicação é de 2010 pela editora Fundamento.

*Essa resenha possui spoilers dos livros anteriores

Sobre o Livro

Antes de se tornar um arqueiro formado e receber todas as novas responsabilidades, Will ainda precisou passar por uma última provação para ajudar o amigo escandinavo Erak. Em meio ao casamento de seu mentor Halt com Pauline, mensageira e diplomata, eles recebem a visita inesperada de Svengal e a notícia de que o Oberjarl havia sido raptado e que um grande resgate estava sendo exigido.

Como Arualen estava bem mais perto que a Escandinávia, esse povo resolveu por pedir ajuda aos aliados para resgatarem seu governante. Cassandra, que havia ficado de lado desde sua aventura com Will, entra em cena novamente e pede para ser a representando do Rei, aquela a negociar com o governante em Arrida.

“Só poderia ficar ali deitado, esperando morrer, observado por estrelas estranhas que não o conheciam e não se importavam com ele.”

Acompanhada de Halt, Will, Horace, Gillian e a tropa escandinava eles partem em direção a essa outra terra onde não são aguardados tão cedo e que a traição ronda por todos os lados, afinal, somente sendo traído é que a posição de Erak poderia ter sido revelada com a precisão apresentada por seus captores. Assim, em mais uma aventura, eles precisarão garantir a segurança de seus reinos e o bem estar daqueles que amam, sem nunca baixar a guarda contra os imprevistos da jornada.


Minha Opinião

Esse virou disparado o meu livro favorito dessa série do John Flanagan. A história de todos os livros é rápida e interessante, mas sabe quando você vê a fórmula se repetindo? O autor sempre trabalhou em pares de livros, com histórias divididas e que o final era sempre alcançar o objetivo proposto. O foco nos personagens se dissipava e quando tínhamos um, nos esquecíamos dos outros. Aqui isso se quebrou e temos uma história que se usa de quase todos aqueles pontos centrais que conhecemos ao longo dos 6 livros anteriores.

Essa quebra proporciona que a história seja mais rica e robusta. Will tem sua chance de brilhar e seus momentos solos na narrativa, mas isso não impede que os outros personagens que tanto gostamos também possam ter um papel significativo, sem que ele seja superficial. Aqui todo mundo me parece importante de alguma forma e a sintonia entre eles está afiadíssima.

Algo que vale a pena mencionar é que esse livro se passa cronologicamente antes dos livros 5 e 6, quando Will ainda não é um arqueiro oficial e está ainda há alguns meses da sua “formatura”. Confesso que achei a quebra do 4 para o 5 muito abrupta e esse retorno ao ponto que precisava de mais esclarecimentos foi ótima para que pudéssemos compreender melhor o tom dessa ascensão. E, tudo isso está refletido na história.

Will sente na pele o medo e o receio de se tornar um arqueiro. Faltam apenas alguns meses para que eles fique por si, ganhe um posto e tenha que tomar suas próprias decisões sem auxílio. Eles acha que não está pronto e isso o atormenta. Do outro lado temos Halt, o mentor que o considera um filho e ainda não se vê deixando o garoto seguir em frente longe da sua asa.

Sobre o Halt, que belo ponto de vista temos aqui. Eles está de casando! E com isso podemos ver um lado diferente do personagem. É claro que sempre ficou implícito o quanto ele tinha um bom coração e era uma boa pessoa, mas nunca expressou fragilidade, que é o que vislumbramos no começo quando Pauline toma as rédeas a toma as decisões do casamento. Realmente não tinha pensado ver isso.

Também gostei de ver o conflito de Allys ao ver Will saindo novamente ao lado de Cassandra. Já tendo visto nos volumes anteriores que os dois possuem uma relação mais profunda, foi quase como consolar a personagem e querer tentar avisá-la de que não precisava se preocupar. O fim de Cerco a Macindaw deixa essa ponta para a trama amarrar e quero ver se no livro 8 teremos um avanço nessa questão, já que o Will teve alguns comportamentos duvidáveis lá.

“A vida de um arqueiro costumava ser solitária e só podia ser discutida com poucas pessoas.”

Outro aspecto interessante é que abrimos ainda mais o mapa nesse livro pois percorremos locais onde ainda não se tinha ido na história, proporcionando ao leitor vislumbrar o quanto esse mundo é amplo e pode esconder muitos e muitos desdobramentos. Temos mais 6 livros pela frente, logo, ainda há muito o que se contar e certamente esses novos locais serão ainda mais explorados.

Cassandra também merece uma menção, afinal a jovem não ficou sentada no ponto esperando que decidissem sua vida por ela. Algo que preciso mencionar sobre o autor é que mesmo eles às vezes apresentando algumas visões “tipicamente” masculinas, também sabe posicionar bem suas personagens femininas para que elas sejam peças chave com atitude, e não apenas marionetes.

Erak e os escandinavos são um show a parte e eu certamente adoro esse povo, seus modos e tudo o que sai desse núcleo. Gostei muito de conhecer outros “tipos” de pessoa e outra culturas e também a forma como Will finalmente chega ao fim de sua jornada de treinamento e da mudança de garoto para arqueiro que vemos acontecer.

Com expectativas renovadas e metade dessa série vencida, parto em direção ao oitavo livro mais empolgada e aguardando que a história não se perca novamente na fórmula dos livros anteriores e possa trazer tramas um pouco mais ricas como a que vimos aqui. O próximo livro se chama Reis de Clonmel e, caso você não tenha lido esse 7º volume ainda, corre ai, porque está muito bom!

RANGERS #7: RESGATE DE ERAK

Autor: John Flanagan

Editora: Fundamento

Ano de publicação: 2010

Existe uma passagem do treinamento de Will Tratado que falta ser contada. Uma aventura que se passa antes dos eventos mostrados nos volumes 5 e 6. Quando Erak, o oberjarl da Escandinávia, decide liderar seus homens em um saque à pequena cidade mercantil de Al Shabah, ele não imagina o desfecho dessa empreitada. Depois de uma invasão surpreendentemente fácil, o líder escandinavo acaba prisioneiro de um grupo de guerreiros do povo arridi. Svengal, homem de confiança do escandinavo, pede ajuda aos araluenses. Por conta da dívida de honra que tem com o oberjarl, o rei Duncan se vê obrigado a enviar a princesa Cassandra como representante da família real para efetuar o pagamento do resgate e garantir a liberdade de Erak. Preocupado com a segurança da filha, Duncan convoca Halt, Will, Horace e Gilan para acompanhá-la e protegê-la durante a missão. Tem início uma jornada onde o perigo espreita atrás de cada pedra do caminho. Uma verdadeira provação para Will e seus companheiros, que fica ainda mais arriscada quando o grupo é castigado por uma tempestade de areia que carrega rumores de uma grande traição.

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