Sociedade da Rosa é o segundo livro da série Jovens de Elite da autora Marie Lu. O lançamento é da Rocco e o primeiro livro também tem resenha por aqui.

Sobre o Livro

*Esta resenha contém spoiler do livro anterior

Adelina Amouteru se descobriu uma jovem de elite e com o poder de criar ilusões. Ela é poderosa e acabou por se envolver em uma trama muito perigosa. Após a morte de Enzo e a traição tomada pela Sociedade dos Punhais, ela partiu com a irmã Violetta, que também é uma jovem de elite, em busca de sua vingança.

Para tal ela está atrás de um poderoso jovem que sempre consegue escapar da inquisição e que é famoso por seus roubos. Magiano também tem um poder peculiar e poderia servir como um ótimo aliado a Adelina para as coisas que ela almeja.

“Era uma vez uma menina que tinha um pai, um príncipe, uma sociedade de amigos. Então, eles a traíram e ela destruiu a todos.”

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Enquanto isso, Maeve está com o que restou dos Punhais, agora comandados por Raffaele, e tem um plano ousado em mente. Seu poder é ressuscitar os mortos e se ela conseguir o que deseja, pode ter o Reino de Kenetta ao seu dispor, já que Giulietta é uma líder muito fraca, pois enquanto os outros tramam, Teren Santoro escravizou todos os malfettos e está também os matando de fome e exaustão, pois acredita ser essa a sua missão.

Com o reino enfraquecido, tanto Adelina quanto Maeve enxergam uma oportunidade e voltam seus olhos para o local. Cada qual com seus aliados, um confronto pelo poder está se arquitetando e, além de sobreviver a isso, Adelina também precisa controlar as vozes que habitam sua cabeça e confundem seus pensamentos.


Minha Opinião

Jovens de Elite foi um livro que me surpreendeu muito esse ano, pois eu não tinha gostado da minha experiência com Legend, a outra série da autora. Quando comecei a leitura do primeiro parecia que era uma autora completamente diferente que estava escrevendo e eu me encantei pela proposta desenvolvida.

Adelina é uma personagem muito fácil de gostar e de odiar ao mesmo tempo. Tudo isso porque ela é protagonista, mocinha e também vilã e aos poucos vamos descobrindo tudo o que ela carrega consigo depois de anos de abuso por parte do pai por nunca ter manifestado um poder e assim lhe render algum dinheiro.

É conforme essa nova Adelina, abraçada pela Sociedade dos Punhais se descobre que vemos a personagem crescer e se envolver em uma trama perigosa que leva aos fatos trágicos do fim do primeiro livro. Enzo morreu, os Punhais estão despedaçados, eles a traíram, ela traiu a eles e agora tudo o que ela quer é vingança e poder.

“Sempre fiz o melhor que pude, e ainda assim, de alguma forma, nunca foi o suficiente.”

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Porém, Adelina está ainda mais despedaçada. Ela ouve vozes, sua mente está em conflito o tempo todo, ela perde o controle e não sabe direito como agir. Pra isso Violetta, sua irmã, acaba por se transformar em uma âncora, para ajudá-la a seguir com seus planos. Confesso que no começo isso me irritou um pouco, parecia que ela estava fazendo aquilo com ela mesma, que essas vozes erma algo trazido por algum tipo de depressão. Mas ao fim do livro descobrimos que há uma explicação pra isso e que provavelmente será ponto importante do terceiro livro.

Mesmo assim, a personagem tem seus altos e baixos, principalmente porque seus motivos pra fazer o que ela quer fazer são extremamente rasos. Ela verdadeiramente não tem direito a nada, errou tanto quanto os Punhais erraram, mas acha que precisa tomar algum poder para mostrar que está forte. Pra isso ela começa a montar a Sociedade da Rosa, indo atrás de um jovem de elite poderoso. Porém, sua busca quase que cessa imediatamente após isso e o que vemos ela construir não é um sociedade, mas um bando que está ligado a ela por interesse e não por lealdade.

“Tenho acordado com sussurros à minha cabeceira que desaparecem segundos depois. Outras vezes, as vozes abafadas falam comigo quando não há ninguém por perto.”

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Na outra ponta temos Maeve e os Punhais, e é fácil saber que eles podem causar um estrago grande pois ela é soberana do seu reino e tem todo um exército e frota marinha ao seu dispor. O problema é que eles tem muita pouca fé em Adelina e no fato de que quando eles se encontrarem, ela pode não estar assim tão despreparada. O plano de Maeve é bom, mas precisa de uma série de fatores pra dar certo, o que acarreta várias possibilidades a história.

Achei super interessante ver a forma como os dois grupos interagiram, o sentimento de Adelina, o rancor de Raffaele, e a postura dos outros Punhais. Magiano também é um adendo importante para a trama e eu gosto do contraponto positivo que ele traz para a história. Espero realmente que a posição dele se firme num próximo livro e que sua presença não vire apenas uma peça a ser jogada por Adelina.

Eu gosto da história de Sociedade da Rosa, mas ela não me cativou tanto como Jovens de Elite. Há várias cenas de ação no fim do livro e é de arrepiar tudo o que acontece, e também não sei o que esperar da história do terceiro livro, mas espero que seja bastante surpreendente para que a série não se perca, depois de ter começado tão bem. Sociedade da Rosa é um bom livro, mas aquela ansiedade pela continuação não ficou aqui como ficou com Jovens de Elite, então só resta esperar e descobrir o que virá a frente.

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SOCIEDADE DA ROSA

Autor: Marie Lu

Editora: Rocco

Ano de publicação: 2016

Depois de ser renegada pela família, ela é traída por aqueles em quem confiou, e parte em busca de outros malfettos — sobreviventes da febre do sangue que, como ela, possuem dons fantásticos —, para formar um exército próprio e combater a Inquisição do Eixo. Mas o ódio e o medo que a alimentam podem levá-la por caminhos perigosos, e uma oferta tentadora vai testar a verdadeira natureza dos seus poderes e de sua personalidade. Uma sequência de tirar o fôlego para uma saga épica.

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