A Última Festa, livro de estréia de Lucy Foley, foi enviado na décima quinta caixa do clube intrínsecos, clube de assinatura da editora intrínseca, será lançado nas livrarias em fevereiro de 2020.

SOBRE O LIVRO

Emma, ao se casar com Mark, se viu dentro do grupo de amigos de seu marido. Os mesmos sempre se reúnem e ela se esforça o máximo para tentar se encaixar e agradar a todos, principalmente Miranda. Na virada de ano para 2019, ela decide programar a festa e se esforça ao máximo para que tudo saia perfeito.

O grupo tem suas desavenças, e as provocações já começam cedo. A festa ocorrerá em um lugar afastado, e sem possibilidade de saída (ou entrada de alguém) por causa da nevasca. Ninguém parece se preocupar tanto com isso, até que um deles desaparece e é encontrado sem vida no dia seguinte. Tudo mostra que não foi acidente, e sim assassinato. Quem será o assassino se todos eram, aparentemente, amigos?

“Algumas pessoas, submetidas a determinada pressão, fora dos ambientes aos quais estão habituadas e nos quais se sentem confortáveis, não precisam de muito incentivo para se transformar em monstros.”


MINHA OPINIÃO

O livro é intercalado entre o ponto de vista de cinco pessoas, sendo a própria Emma, Katie, e Miranda que são do grupo de amigos e Heather e Doug, funcionários do local. Há uma quantidade relativamente grande de personagens, o que pode causar um pouco de confusão nos primeiros capítulos, mas que não leva tanto assim para que o leitor se acostume.

Diferente dos livros com assassinatos que a questão se mantém em quem matou, em A Última Festa temos mais um mistério: não sabemos quais dos amigos foi morto. Apesar desse fato aumentar o suspense do livro, não é tão difícil acertar quem é a vítima, já que um dos personagens tem um certo destaque em relação aos outros, principalmente por sua personalidade.

Há também outros pontos que me deixaram curiosa para saber mais, como o passado do personagem Doug e histórias sobre um stalker da época de faculdade de um dos amigos.

“Ás vezes a solidão é a única maneira de recuperar a sanidade.”

A história tem um foco maior ao redor de tudo que aconteceu antes do ocorrido, do que no assassinato e na investigação. Desse modo temos um drama entre os amigos, onde é possível conhecer suas personalidades e alguns acontecimentos do passado deles. Assim, há um bom desenvolvimento dos personagens, pelo menos os que ganharam mais destaque na história.

Conhecendo os personagens e seus passados, também conhecemos seus segredos, o que nos mostra como a amizade do grupo não é a melhor de todas e como talvez eles não se gostem tanto assim. Durante a festa e os relatos pessoais das narradoras que acompanhamos vai desenvolvendo a relação deles e mostrando as problemáticas da mesma.

A intercalação dos pontos de vistas, narrado em primeira pessoa, nos permite saber como as três amigas se sentem em relação a elas e aos outros. Isso foi algo que gostei muito, já que assim pude conhecer os personagens por mais de um angulo, me mostrando várias opiniões e versões de cada um deles.

Gostaria de falar um pouco mais de cada personagens e de suas relações, mas como o livro, de certa forma, gira em torno disso, tenho medo de estragar a experiência. Contudo, eu gostei muito da forma que a autora os construiu.

Vi muitas criticas negativas sobre o livro, e principalmente sobre o final, então fui esperando que o desfecho fosse sem sal, mas eu gostei muito! De primeiro momento, diante de um acontecimento, pensei que o final seria como a maioria, cheio de ação e usando a mesma fórmula que conhecemos.

“As formas de expressar a dor podem ser tão diversas quanto as formas de vivenciá-lá.”

No entanto, nos últimos momentos a história muda e mostra que aquilo que estava acontecendo não era o final, e essa tentativa de enganar o leitor me pegou e me agradou muito. Já sobre o assassino, que foi o que mais vi criticas, não me decepcionou. Lucy Foley fugiu dos esteriótipos de matador sanguinário e vingativo que, para mim, foi um ponto positivo.

Apesar da autora não utilizar de clichês do gênero de suspense, a história não chega a ser surpreendente porque os mistérios que rondam a trama não são tão difíceis de serem desvendados.

O livro não tem um ritmo frenético, do tipo que te faz não querer para de ler, mas foi uma leitura calma que eu aproveitei bem. Recomendo o livro para iniciantes em thrillers e para pessoas que gostam de trama que envolva intrigas.

A ÚLTIMA FESTA

Autor: Lucy Foley

Tradução: Marina Vargas

Editora: Intrínseca

Ano de publicação: 2020

Programado para acontecer em um cenário idílico, o réveillon que Miranda, Katie e os outros amigos que conheceram na faculdade passarão juntos este ano promete refeições deliciosas regadas a champanhe, música, jogos e conversas descontraídas. No entanto, as tensões começam já na viagem de trem – o grupo não tem mais nada em comum além de um passado de convivência, feridas jamais cicatrizadas e segredos potencialmente destrutivos. E então, em meio à grande festa da última noite do ano, o fio que os mantém unidos enfim arrebenta. No dia seguinte, alguém está morto e uma forte nevasca impede a vinda do resgate. Ninguém pode entrar. Ninguém pode sair. Nem o assassino. Contada em flashbacks a partir das perspectivas dos vários personagens, a história deste malfadado encontro é um daqueles mistérios de assassinato cheio de tensão e de ritmo perfeito. Com uma trama assustadora e brilhantemente construída, A última festa planta no leitor a semente da dúvida: será que velhos amigos são sempre os melhores amigos?

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