Originalmente publicado um ano após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1946, no Brasil sua edição sai pela HaperCollins.
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Sobre o Livro
Hercule Poirot estava a caminho de seu destino em meio a um convite de almoço na Mansão Hollow quando se depara com o som de um tiro. Ao seguir o som, ele encontra a cena de um assassinato de um homem agonizando suas palavras finais na beira de uma piscina e de sua esposa segurando um revólver apontado para ele. Ao redor, inúmeras pessoas assustadas; as mesmas convidadas para o almoço naquele dia.
“E aquele clique fora… claro que sim…”
De cara o crime era óbvio: por força maior sua esposa teria o matado. Mas para comprovar a situação Hercule Poirot precisava entender os pequenos detalhes pois uma vez que sua própria esposa não afirmava que o matara – mesmo estando visivelmente óbvio – deveria haver mais provas para culpá-la.
É aí então que ele descobre que a arma do crime não é a mesma que a sua esposa estava segurando no momento do ato. Então como que o assassinato aconteceu e quem de fato o matou?
Minha Opinião
A Mansão Hollow traz elementos da narrativa que todo bom leitor da rainha do crime já conhece: aquele momento do interrogatório, o desenrolar da investigação e o desfecho de tudo para se descobrir o grande mistério por trás da morte de alguém. Este livro não foge disso e vai muito mais além.
Agatha Christie se permite desenvolver mais um suspense com drama envolvendo romance e investindo nos personagens que ela criou. Não é atoa que o início de seu livro demora a chegar no grande momento da cena do crime pois ela apresenta toda a complexidade de relacionamentos entre os personagens.
“[…] – Uma cena ensaiada, arrumada para enganar.”
E por mencionar nos personagens, aqui a gente encontra um grande número de pequenos protagonistas que irão fazer parte do grande suspense da autora. É no início que podemos nos sentir hora perdidos ou hora na tentativa de nos entendermos na complexidade dos personagens. Mas com o tempo pode-se pegar o ritmo e embalar até o final da história em um suspiro.
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“‘As evidências’, pensou Poirot, ‘talvez já tivessem sido alteradas antes que se pudesse interferir…'”
Até agora, passando dos dois dígitos de livros que li da autora, não cheguei a ter contato em um suspense que tivesse mais uma pegada de drama também. Foi uma aposta que para aqueles que esperam algo rápido e objetivo demais, pode não encontrar neste livro oque tornaria a leitura ainda mais lenta.
Confesso que apesar de promissor o suspense, o final não me deixou extremamente surpreendido, mas me tirou inúmeras horas de leitura para acompanhar mais uma das intrigas da autora. Afinal, qualquer obra que ela tenha escrito, é uma garantia de altas horas de diversão sentado em uma cadeira.
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A MANSÃO HOLLOW
Autor: Agatha Christie
Tradução: Almeida Salek
Editora: HarperCollins
Ano de publicação: 2020
Um inofensivo convite para almoçar na Mansão Hollow logo se transforma em mais um caso a ser desvendado por Hercule Poirot. A cena do crime parece um tanto artificial: o corpo de um homem agonizando na beira da piscina, sua mulher logo ao lado segurando um revólver, e ainda três testemunhas. Seria na verdade uma encenação, uma brincadeira de mau gosto para provocar o detetive? Infelizmente, para a vítima, não. Indo contra todas as evidências, Poirot não demora a descobrir que a arma que aquela mulher tinha nas mãos não era a mesma que matou seu marido. O que aconteceu, então?