Anne da Ilha é o terceiro livro da série Anne de Green Gables, escrito pela autora canadense Lucy Maud Montgomery e publicado originalmente em 1915. Uma das suas tantas versões é a da editora Ciranda Cultural, lançada em 2020.

Sobre o Livro

Apesar de estar receosa em deixar seu lar e sua família que lhe são conhecidos e queridos, Anne decide seguir seu sonho em finalmente terminar seus estudos em Letras e parte junto com sua amiga Priscilla Grant para Redmond College, que fica na cidade de Kingsport. Gilbert Blythe também vai para a mesma faculdade a fim de estudar medicina.

Lá ela forma seu círculo de amigas junto com Priscilla, que inclui Stella Maynard e a rica e charmosa Philippa (Phil) Gordon, porém indecisa a respeito de dois pretendentes: Alec e Alonzo, dois rapazes que esperam ela decidir com quem irá se casar. As quatro amigas se juntam para morar na Casa da Patty, uma casa grande e bonita que Anne se apaixonou e que estava disponível para aluguel, junto com Tia Jamesina, a tia de Stella, para orientá-las.

Nem tudo se aprende na faculdade. A vida é professora em todos os lugares.

Agora uma jovem adulta e se vendo longe de casa, Anne vai precisar ser responsável com seus estudos, suas economias, responsabilidades e obrigações diárias, mas sem deixar de viver tudo o que for possível nesse período da faculdade com novas amizades, passeios e principalmente amores, conquistando a admiração de alguns pretendentes e até mesmo pedidos de casamento, mas é justamente nesse ponto que ela vai descobrir que talvez a razão não esteja em sincronia com seu coração.


Minha Opinião

Aqui temos uma Anne que começa o livro com 18 anos, quando entra na faculdade, e termina com 22 anos, quando se forma. É admirável o quanto a Anne é dedicada e esforçada com seus estudos, mesmo ainda sendo muito jovem já é bastante responsável com suas obrigações a fim de atingir seus objetivos, porém ela peca quando idealiza demais os assuntos do coração, isso não mudou, ela continua tendo uma imagem perfeita do que deve ser o pedido de casamento ideal, do pretendente ideal, e é ótimo ver ela caindo na real ao descobrir que o que ela realmente precisava estava o tempo todo do seu lado, a apoiando.

Sim, obviamente é o Gilbert. Após tantas indiretas a respeito de seus sentimentos por Anne, ele finalmente decide ser mais direto sobre o que sente por ela, o que vai colocar Anne contra a parede para confrontar seus próprios sentimentos a respeito dele. Eu estava esperando por esse glorioso momento há muito tempo, embora tenha achado estranho o fato disso ter finalmente acontecido justamente no livro que eu o achei um pouco apagado e sumido na maior parte do tempo, então sua aparição foi bem repentina, mas de modo algum ruim.

– Se eu tivesse uma forma de remover da sua vida tudo o que não fosse felicidade e prazer, certamente eu faria, Anne. – disse Gilbert […]

Duas passagens se destacaram para mim no livro de uma maneira que eu não esperava encontrar num livro infanto-juvenil. A primeira é a morte de uma das antigas amigas de escola da Anne, eu realmente não esperava que isso fosse acontecer com alguém que ainda era tão jovem e tinha tantos planos para a própria vida, achei um tanto quanto trágico e triste, talvez isso infelizmente fosse comum de acontecer na época em que a autora viveu.

Já a segunda passagem chocante foi a naturalidade com que foi tratado um acontecimento do livro. As personagens tentam se livrar de um gato que apareceu na casa delas matando-o asfixiado, mas não conseguem, então desistem desse plano e resolvem adotar o gato. A própria editora Ciranda Cultural avisa no livro que infelizmente isso era comum na época e que não reflete a sociedade atual ou a opinião da editora.

O humor é o mais picante condimento no banquete da existência. Ria de seus erros, mas aprenda com eles; alegre-se em suas aflições, mas fortaleça-se com elas; zombe das dificuldades, mas supere-as.

É nítido ver e comparar o quanto a Anne já se diferencia de quem ela era no primeiro livro. Nesse ela está mais madura, responsável, quase não comete mais atrapalhadas ou deixa a mente correr livremente com fantasias mirabolantes. Talvez o único resquício que tivesse sobrado de sua juventude era a ideia que ela fazia do casamento e de seu coração, mas até essa questão teve finalmente um aprendizado e uma conclusão para ela neste livro.

Ainda assim a história continua sendo doce, leve, tranquila. Ser madura de modo algum a torna uma pessoa séria, ela continua se encantando com as novas amizades e menores descobertas e aprendizados que vai fazendo ao longo de sua passagem pela faculdade, e isso é maravilhoso de continuar acompanhando.

ANNE DA ILHA

Autor: Lucy Maud Montgomery

Tradução: Max Welcman

Editora: Ciranda Cultural

Ano de publicação: 2020

Decidida a realizar o seu sonho, Anne se muda para Kingsport para morar com sua amiga Priscilla Grant e finalmente terminar os seus estudos na Redmond College. Gilbert Blythe, desejando estudar medicina, também parte para lá e enxerga a oportunidade de revelar seus sentimentos a Anne. O novo ambiente e a vida adulta trazem novos desafios e perdas que mudam as perspectivas e amadurecem a forma como ela enxerga o mundo.

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