O livro que previu o naufrágio do Titanic, se tornou um clássico do fim do século XIX e foi escrito por Morgan Robertson, lançado no Brasil pela editora Vermelho Marinho em 2014.

Sobre o Livro

Futilidade ou o Naufrágio do Titan conta a história do maior navio construído de sua época que foi destinado a naufragar após colidir com um iceberg no meio do Oceano Atlântico Norte, uma rota em direção ao nordeste dos Estados Unidos. Seu nome, Titan, era dado por suas características que a mídia inglesa o denominou: era considerado um navio indestrutível e inaufragável. Só que, logo em sua primeira viagem, mesmo com todas as expectativas contrárias a qualquer um incidente, o Titan naufraga.

Esta também é a história de Titanic, que tempos depois desta obra ser publicada em 1898, em 1912 o grande navio que foi prometido como infundável, foi destinado a naufragar no Oceano Atlântico Norte com o mesmo destino que o Titan: o nordeste dos Estados Unidos.

“Era o mais largo navio já criado, e o mais estupendo dentre os trabalhos do homem.”

Coincidência ou presságio? De qualquer forma, mesmo sendo cético de todas as premonições, sem dúvida este livro passou a ser um marco histórico para a humanidade, onde um homem, dotado de sua criatividade, escreveu sobre um navio inafundável mas que, por ventura, afundou. E ele não se limitou a só isso.

O livro também é sobre a história de um homem e uma mulher, um ateu e uma crente, e que juntos lidam com a situação catastrófica de uma trajédia que tanto Titan quanto o Titanic passaram. Aqui é questionado o momento de nossa fé, de nossas crenças e observações sobre o divino e o não real e tudo aquilo que somos capazes de pensar quando estamos à beira da morte.

Minha Opinião

Depois que eu descobri que esse livro foi conhecido mundialmente por prever o naufrágio do Titanic devido aos seus inúmeros detalhes que corresponderam futuramente com o desastre que marcou a história da humanidade e na qual sempre me interessei bastante, eu tive que buscar mais informações sobre ele. Foi aí, que depois de muito tempo, consegui finalmente ler este livro e contestar a veracidade da premonição. E o que li me surpreendeu.

Muitos dos detalhes do livro correspondem identicamente ao Titanic e aos fatos da tragédia, passando desde a descrição do navio, seus adjetivos populares, seus nomes e para além da rota de navegação e a forma como ele naufragou. Isso não para por aí: vai um pouco mais à frente, premonizando um quase naufrágio por colisão de navios que ocorreu tanto com o Titan como no Titanic. São tantos detalhes semelhantes ou muito próximos como, por exemplo, o número de botes de salva-vidas do Titan e Titanic, que você se põe em questionamento se de fato tratamos de meras coecidências ou uma grande premonição.

“Inafundável. Indestrutível. E, justamente por isto, carregava apenas o número mínimo de botes salva-vidas necessários para satisfazer as leis.”

Certamente, o livro não é a premonição fiel do que aconteceu e por isso vale a pena a leitura de uma forma mais curiosa para se conhecer o que há de tão falado neste livro que se assemelha tanto ao Titanic. Há muitos outros detalhes diferentes e, por ser um livreto e pelo autor poupar muita enrolação, temos uma história muito curta e rápida narrando os acontecimentos. E talvez seja por isto que esta história de nada me encantou, infelizmente.

Na verdade, conheci uma história muito simplista e nem um pouco curiosa. Não sei se é pelo fato de já sabermos tudo o que aconteceria no decorrer da história ou se havia uma necessidade de uma construção maior para dar mais robustez ao romance. Parece, ao meu ver, mais uma crônica ou um conto do que encararmos como romance.

“Ele navegaria à plena velocidade pela Rota do Norte, fosse com neblina, embaixo de sol ou sob a tempestade, por duas boas e substanciais razões.”

O que me motivava a ler era a curiosidade de saber se havia mais detalhes semelhantes a tragédia do Titanic, mas praticamente tudo o que você se surpreenderá estará contido no início para a metade do livro. O restante é o desenrolar posterior da tragédia.

Mesmo que a história não seja cativante e que me tenha passado batido, acredito na sua importância e no seu potencial, não só na ênfase à premonição como também na sua importância histórica, além de ser uma boa história para aqueles que curtem aventuras marítimas como em A Ilha do Tesouro.

FUTILIDADE OU O NAUFRÁGIO DO TITAN

Autor: Morgan Robertson

Tradução: Carlos Daniel S. Silveira

Editora: Vermelho Marinho

Ano de publicação: 2014

Futilidade ou O Naufrágio do Titan conta como o maior navio do mundo naufragou, em sua primeira viagem, após bater em um iceberg, exatamente, como viria a acontecer com o malfadado Titanic. Quem poderia imaginar que uma novela do final do século XIX se tornaria célebre por ter praticamente previsto o maior acidente náutico de todos os tempos? Mais do que o livro que profeticamente previu o naufrágio do Titanic, Futilidade é a história de John Rowland, um ateu convicto que embarca como marinheiro no navio, e Myra Selfridge, uma jovem cristã que foi o grande amor de sua vida. Os problemas só aumentam quando um capitão trapaceiro tenta colocar tudo a perder. Myra e Rowland encarnam, assim, os conflitos científicos e religiosos da virada do século, quando a ciência, mais do que nunca, se sobrepôs à religião. Ao leitor, resta a dúvida: teria sido coincidência ou providência?

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