A Oportunista é o primeiro livro de uma trilogia da autora Tarryn Fisher e foi lançado aqui no Brasil pela Faro Editorial.

Sobre o Livro

Olivia Kaspen viveu uma paixão arrebatadora no passado, mas acabou estragando tudo. Agora, depois de três anos sua vida está uma bagunça e no dia em que ela resolve se reerguer e sair de casa para dar início a isso, esbarra no seu ex. Ela vê Caleb Drake observando uma área de cds, parecendo perdido. Imersa na dúvida de se deve abordá-lo ou não, Olivia vai e volta várias vezes até que o contato é inevitável.

Porém, quando seus olhos se encontram ela não vê reconhecimento no rosto dele. Caleb conta que sofreu um acidente de carro e que perdeu a memória. Ele estava na loja em busca de um vinho orgânico para a namorada, como um agrado pelos meses difíceis que eles vem passando, já que ele não tem memórias do relacionamento.

“Na maioria das vezes, nós quebramos nossas regras minutos depois de estabelecê-las.”

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Olivia então vê uma oportunidade única de se aproximar dele novamente, mesmo sabendo que no momento em que ele recobrar a memória ela enfrentará sérios problemas. E, conforme eles voltam a se relacionar, a velha chama volta a arder como na primeira vez, com ela sempre tomando muito cuidado para não transparecer que sabe mais sobre ele do que deveria. Porém, Leah, a namorada de Caleb, não está enfrentando isso muito bem e como já ouviu falar sobre a ex do amado, pode descobrir o segredo de Olivia antes do que ele.

Minha Opinião

Eu estava bem curiosa para ler esse livro já que recentemente conheci a escrita da autora através de sua colaboração com a Colleen Hoover em Nunca Jamais, lançado pela Galera Record. Tarryn Fisher também estará presente na bienal de São Paulo esse ano, então é mais um incentivo para conhecer um pouco mais sobre suas obras.

Houve uma confusão momentânea sobre o que era a trilogia e eu cheguei a desanimar. Cada livro é escrito por um ponto de vista, o primeiro por Olivia, o segundo por Leah e o terceiro pelo Caleb. Haviam me informado que era somente a mesma história recontada e eu realmente não aprecio muito isso, mas logo descobri que mesmo passando por alguns momentos comuns nos três livros, cada um vai trazer mais e mais sobre essa trama andando em frente com a narrativa.

“- Você vai acabar me destruindo, sabia disso?

Eu sabia.”

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A escrita da Tarryn é super fluída e o sentimento ao ler o livro é controverso a todo o momento. Não sabemos o que aconteceu com eles no passado, então vamos e voltamos no tempo durante a história várias vezes para descobrir o que se passou e porque ela magoou tanto esse homem, a ponto de ter certeza que ele a odeia.

Olivia pode ser considerada manipuladora e obcecada em vário momentos do livro e parece que o que a moldou dessa forma foi o surgimento desse amor muitos anos atrás. Hoje, ela claramente tem muitas escolhas na sua frente, e toma as erradas no começo do livro mentindo para Caleb, mas até quando ela resolve agir com cautela e mais serenidade, há algo que impede que as coisas caminhem pra um desfecho positivo.

“Amar alguém de verdade é mais do que buscar a própria felicidade. Você tem que querer que o outro seja mais feliz do que você.”

Entre as idas e vindas no tempo, temos um passar de quatro anos nesse primeiro livro e o que acontece depois disso foi o que me irritou bastante. Sabendo que há mais história pela frente alivia a tensão, mas não gostei de como a autora conduziu o final, podendo ter terminado o livro algumas páginas antes do ponto escolhido, deixando um clímax mais forte para o segundo volume da trilogia. Pra mim, pareceu que foi preciso resolver o livro muito rápido para acabar logo com todos os personagens posicionados, e as peças não se encaixaram bem. Pareceu que depois de tudo o que os personagens passaram, simplesmente fosse simples virar as costas e seguir com a história ignorando tudo o que aconteceu.

Uma coisa que é importante ressaltar é a edição do livro. Há um ou outro errinho durante o texto, mas nada que atrapalhe a leitura. O acabamento interno é muito bacana, principalmente a qualidade das folhas. Fazia tempo que não pegava um livro com folhas tão grossas. Parecia que cada vez que virara a página estavam indo duas ou três, bem diferente do padrão que normalmente temos, que muitas vezes as folhas são quase transparentes de tão finas.

A Oportunista é um livro sobre amor platônico, e do quanto é possível ficar obcecado por alguém mesmo que essa pessoa não esteja verdadeiramente na sua vida. Esse não é o primeiro livro que leio e que apresenta essa veia meio que doentia do amor e é sempre muito controverso para o leitor absorver essas histórias e definir quem está certo ou errado já que todos os sentimentos vão aos extremos e por vezes ninguém envolvido está verdadeiramente correto.

Portanto se você gosta de intrigas, romance e algumas poucas cenas um pouco mais quentes, esse é um bom livro pra você. E, mesmo com alguns porém, quero encarar os próximos livros e descobrir onde Tarryn Fisher vai conduzir Olivia, Caleb e Leah. E, por mais que o nome do livro se refira a narradora desse primeiro volume, todos os personagens aqui são oportunistas a sua própria maneira.

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Olivia Kaspen acaba de descobrir que seu ex-namorado, Caleb Drake, por quem era obcecada, perdeu a memória.
Com uma incrível habilidade de tirar proveito das situações, ela acredita estar diante de uma segunda chance para ter Caleb de volta.
E para que seu plano dê certo, Olivia precisa manter sua verdadeira identidade e seu passado sórdido em segredo.
Porém, surge um obstáculo inesperado: a atual namorada de Caleb, a perversa Leah Smith.
Inicia-se então um jogo entre duas mulheres dispostas a tudo para conquistar o homem que parece ter apagado todo o seu passado.
Para encobrir as consequências de suas mentiras, Olivia cria uma teia de novos eventos, em um processo que pode levá-la a descobrir que sua busca pelo amor talvez a tenha feito ultrapassar limites muito perigosos.

 

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