A continuação desta série que originou The Last of Kingdom, tem edição pela Record desde 2012.

Sobre o Livro

Os dinarmaqueses – vikings – ainda estão insistindo em conquistar toda a Inglaterra para si, não importanto quantos mortos deixariam ou quanto rastro de destruição fariam. Ao lado disso, Alfredo se vê em uma situação complicada. Enfim ele viu que sua posição de líder não duraria para sempre e que um sucessor, seu filho, teria que assumir cedo ou tarde. E seu sucessor não estava preparado.

“Homens que tentavam proteger as famílias gritavam dizendo que se rendiam, e em vez disso eram trucidados por machado e espada.”

Quando Uhtred encontra Alfredo, ele entende o que tudo está acontecendo e o que poderá vir: Alfredo está doente. E a doença pode levar muitos embora de repente e rapidamente. Apesar disso, e mesmo com o juramento de servir a Alfredo, algo ocorre com Uhtred que seu destino muda completamente.

O que o força a mudar faz com que ele pense uma vez mais a reconquistar o que era seu por direito: suas terras ao norte. E ele estará ainda mais disposto a entranhar-se naquelas terras e tomá-las. E ele tentará ao lado daqueles que estiverem em seu passado: os vikings.

Minha Opinião

Mais um livro desta extensa série passou e quanto mais a gente lê uma série de um mesmo autor, mais podemos reconhecer algumas repetições que acabam se tornando o clichê do autor. Cornwell, apesar de ser um excelente escritor para mim, acaba mantendo o mesmo repertório do que nos outros 4 livros: a forma como ele conclui suas histórias através de um cenário de batalha “épica”.

“[…] Eu havia servido Alfredo por tempo suficiente, e trabalhara bem, mas queria ir para casa. – Eu prometo, disse a Gisela – que vamos para casa. Os deuses gargalharam.”

Batalhas são excelentes cenários para histórias como estas, mas não quando a gente tem algo muito repetitivo. Depois de encontrar esse padrão, fico me perguntando se os próximos 8 livros serão assim também. Apesar disto, não é um detalhe que me incomode mas não me faz ter tanta vontade de ler o próximo livro. Acabo sentindo a necessidade de dar um tempo e começar o próximo tempos depois.

Por outro lado, neste livro a gente tem um “projeto piloto” para a construção de um protagonismo feminino muito grande que promete brilhar nos próximos livros. Se isso de fato se concretizar, e segundo as próprias notas históricas do autor no final do livro, então teremos uma evolução muito importante nesta série, tendo em vista que até então é uma história de protagonistas masculinos.

“Manhã. Eu era jovem e o mar, um rebrilho de prata e rosa sob tufos de névoa que obscureciam o litoral.”

Outro ponto interessante é a quebra de perspectivas sobre o futuro de Uhtred que temos neste livro. O “vai e vem” dele e seu futuro nos põe a questionar o quão grande será sua jornada, mesmo que o quinto livro esteja se esbarrando com a metade da série.

Acho que de certa forma este livro tem uma conclusão melhor que os outros quatro anteriores. Isto por que entrega uma perspectiva que esta história tem muito que crescer e que não ficaria somente presa às inúmeras batalhas, conquista e perda de territórios e mortes aos montes. É disso que uma série extensa como esta precisa para manter o interesse de qualquer um. E o que mais me prende nela é a minha imaginação em saber o que vem por aí, sabendo que tem muitas páginas ainda pela frente. É só lendo para descobrir…

TERRA EM CHAMAS: CRÔNICAS SAXÔNICAS (VOL. 5)

Autor: Bernard Cornwell

Tradução: Alves Calado

Editora: Record

Ano de publicação: 2012

Uma fábula sobre guerra e heroísmo que encanta do início ao fim. Terra em chamas é quinto volume de Crônicas Saxônicas, saga de Bernard Cornwell que inspirou a série da Netflix The last kingdom. A história do soberano Alfredo que livrou o território britânico da fúria dos vikings ganha vida pelos olhos do órfão Uthred, que se tornou escravo dos guerreiros no norte. A partir dele – e de suas aventuras -, Cornwell tece uma história de lealdades divididas e heroísmo desesperado. Em Terra em chamas seguimos acompanhando o monarca Alfredo, que está com a saúde debilitada. Seu herdeiro ainda é muito jovem. Os inimigos dinamarqueses fracassaram em tomar Wessex, mas agora a vitória parece iminente. Lideradas pelo brutal Harald Cabelo de Sangue, as hordas vikings atacam. Porém o rei tem Uhtred, que inflige aos vikings uma de suas maiores derrotas. No entanto, o gosto da vitória inglesa é ofuscado por uma tragédia que leva Uhtred a jurar nunca mais servir o reino saxão novamente. Agora, o sonho de retomar as terras que lhe são de direito na Nortúmbria parece mais próximo. E para alcançar seu objetivo, o guerreiro se une ao amigo Ragnar e ao antigo inimigo Haesten. Mas o destino tem outros planos. Os dinamarqueses da Ânglia Oriental e os vikings da Nortúmbria pretendem conquistar toda a Inglaterra. A filha de Alfredo então implora pela ajuda de Uhtred, e o guerreiro, incapaz de dizer não, toma a frente do exército derrotado da Mércia, rumo a uma batalha inesquecível num campo encharcado de sangue junto ao Tâmisa. Mais que um escritor de ficção histórica, o inglês Bernard Cornwell ultrapassou a barreira da literatura. E se tornou referência também entre historiadores. Consultor do History Channel, conseguiu unir leitores e eruditos, sem prejudicar sua qualidade narrativa ou o rigor histórico. Na série Crônicas saxônicas, ele narra a trajetória de Alfredo de tal forma, que é impossível conjurar a imagem do monarca antes de Cornwell. Devido ao grande sucesso e precioso teor histórico, a saga Crônicas Saxônicas deu origem a série televisiva The Last Kingdom, que teve sua estreia em 2015 pela BBC. Já a segunda temporada foi coproduzida pela Netflix que, a partir daí, começou a também transmitir a série via streaming. Na produção podemos acompanhar as aventuras do protagonista Uhtred em busca da sua identidade nesta grande guerra.

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