Love Alarm - 1ª e 2ª Temporada | Crítica

Love Alarm é um dorama sul-coreano estrelado por Kim So-hyun, Jung Ga-ran, Song Kang e Go Min-si. O drama é uma série original da Netflix e a primeira temporada possui 8 episódios.

Kim Jojo (Kim So-hyun) é uma jovem órfã que perdeu os pais de forma trágica. Com o delicado estado da avó, Jojo passou a morar com a tia e a prima que a tratam como um fardo.

Kim Jojo é explorada pela tia, trabalha incansavelmente na mercearia da família, para pagar as dívidas de seus pais e é maltratada diariamente.

Kwang Sun-oh (Song Kang) é um modelo de sucesso. Devido a fama, se tornou uma celebridade no colégio e objeto de cobiça das meninas. Embora pareça ter a vida perfeita, Kwang Sun-oh tem problemas familiares.

O pai de Kwang Sun-oh é um político que tenta a reeleição e a mãe uma antiga atriz que abandou a carreira por causa do marido. Sun-oh sofre pelo abandono e negligência dos pais, que o obrigam a se comportar como um filho exemplar.

O único amigo de Kwang Sun-oh é Lee Hye-yeong. Hye-yeong é apaixonado por Kim Jojo, mas não consegue se declarar. Ele esconde seus sentimentos com medo de ser rejeitado pela menina que ama. Apesar de saber dos sentimentos de Hye-yeong, Kwang Sun-oh passa a perseguir Kim Jojo com o objetivo de conquistá-la. É a partir desse triangulo amoroso que a trama se desenvolve.

Love Alarm é um aplicativo criado para que o usuário saiba quem está apaixonado por ele. Obviamente, vira uma febre. Não basta que as pessoas gostem, curtam ou te sigam nas redes sociais, agora, o importante é ser amado pelo máximo de pessoas possíveis.

O aplicativo se torna um terror na vida de KimJojo, pois ela namora um rapaz por quem não é apaixonada e sabe que ele vai querer conferir o resultado do aplicativo dela. Para tentar se desvencilhar dele, Kim Jojo acaba ficando mais próxima de Sun-oh.

A ideia central da trama é muito interessante, a validação dos sentimos por meio de um aplicativo, a dependência das redes sociais, a necessidade de mostrar uma vida perfeita e da busca por aceitação, se sentir parte um grupo e se encaixar nos parâmetros exigidos pela sociedade estão presentes no drama.

O drama tem muito potencial, mas peca em muitos momentos. Não entendi a motivação de Sun-oh em conquistar Kim Jojo. Simplesmente, pareceu que ele queria esfregar na cara de Hye-yeong que tinha conseguido a garota. Posteriormente, até entendemos que ele está apaixonado, mas não temos como afirmar se o amor dele nasce durante o relacionamento ou se já a amava antes.

Hye-yeong é uma pessoa leal e passiva. Isso fica muito claro durante a trama, além disso é extremamente racional a forma como ele encara toda a situação. Algo muito atípico para um adolescente ou qualquer pessoa apaixonada.

O seriado tem um ritmo muito lento e a trama dá voltas e mais voltas desnecessárias que cansam quem assiste. Teria sido muito mais interessante focar menos nos personagens principais, já que a parte deles foi alongada desnecessariamente, criar conflitos melhores para os personagens secundários e mostrar como a sociedade lidava com o novo aplicativo. Outrossim, senti falta de ressaltarem a importância de um acompanhamento psicológico e tratamentos afins para pessoas com depressão, ansiedade e traumas que desencadeiam varias síndromes e transtornos.

É uma verdade universalmente conhecida que precisa ter paciência para acompanhar Love Alarm, mas o esforço vale a pena pela mensagem atual. Love Alarm é mais que um triangulo amoroso, é espelho da sociedade que se prende cada vez mais no virtual e se esquece de viver o mundo real.