1º de fevereiro, Dia do Publicitário. Mas na real, o que é ser um publicitário?

EVOLUÇÃO-NA-CARREIRA-DE-PUBLICIDADE

Eu sempre fui ligada em internet, e mexia muito com webdesign, então queria fazer algo na área, porém em Santa Maria, onde eu iria prestar vestibular, não tinha nenhum curso que fosse equivalente, então resolvi buscar algo que tivesse a ver com meus outros interesses e, foi ai que descobri a publicidade.

No início era engraçado tentar explicar para meus pais o que eu iria fazer, afinal, publicidade ainda é algo bastante abstrato para quem está acostumado somente com profissões mais tradicionais, como direito, medicina, odontologia e engenharia. Mas ao contrário do que acontece com muita gente, e apesar de eles não entenderem (acho que até hoje, 6 anos depois, ainda não entendem bem), eles aceitaram numa boa e jamais contestaram minha decisão.

Na faculdade tudo é uma novidade, a gente aprende coisas surpreendentes, e aos poucos, vai ganhando confiança a cada desafio. Primeira aula de redação, que tal 50 slogans para sabão em pó, em 50 minutos? Ou então, transforme um copo de plástico em um elefante? E por ai vai. Mas não se engane, não é só moleza não. O curso de PP é muito divertido, e diferenciado, porém não é fácil como a maioria pensa. Conforme os semestres vão passando e a teoria é incluída a coisa vai ficando catastrófica.

Algumas coisas divertidas sobre a faculdade: aprendemos que aqueles que se “dizem” publicitários, na verdade, quase não sabem o que estão fazendo. Saber mexer no photoshop não te qualifica, ok? Conforme os semestres passam, você deixa de ter colegas, e passa a ter concorrentes; Você descobre que suas ideias não são tão boas assim, e que há sempre alguém melhor que você em algum momento; As vezes os professores não tem noção do que dizem, pois fazem o mercado parecer uma barbada, e é aí que a gente começa a se fuder!

Sair de uma cidade do interior, sem experiência sólida em agência, e ir batendo de porta em porta na capital foi algo difícil, mas acreditem, o emprego só demorou três meses para aparecer, e foi uma merda. Ganhava pouco, trabalhava muito e só levava patada. Ser boa no que eu fazia não era suficiente, ter vindo do interior, era já começar com pontos negativos.

O mercado publicitário é uma selva, e quando você aprende o nome da pessoa, ela já está de partida, a rotatividade é impressionante e se você não quer sua cabeça rolando, faça um bom trabalho. A primeira agência era pequena, mas atendia clientes de renome, tratamento do funcionário? Péssimo. A segunda agência era bem melhor, se tinha mais liberdade, cliente de varejo me ensinou muito. A terceira, e atual, está sendo boa, até o momento. Nessa profissão, não existe tédio, a gente nunca sabe o que vai acontecer amanhã. Para quem não entende muito bem do que estou falando, sugiro esse vídeo, é um resumo ótimo, do dia-a-dia em uma agência:

Sentiu a vibe? Pois é. Mas esse vídeo faz tudo parecer ruim, e não é. Ser publicitário é saber trabalhar sobre pressão, estar sempre disposto a aprender, saber de tudo um pouco (referências nunca são demais), ter dias imprevisíveis, não ter horário para voltar pra casa, sempre ter assunto, obrigatoriamente gostar de música, cinema, livros e cultura em geral, não ser preconceituoso, saber reconhecer grandes ideias, ser egocêntrico e conhecer muita gente excêntrica, e provavelmente, ser excêntrico.

Acredite, você provavelmente não vai conhecer raça de pessoas mais divertidas e diferentes do padrão. Quer mais? Que tal uma lista de 12 motivos para se casar com um publicitário. Lembre-se, eu disse que somos egocêntricos (:

Para todos os colegas de profissão, Feliz Dia do Publicitário!

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