Essa semana, na casa de um amigo, quando conversávamos sobre coisas aleatórias, fui descrever uma pessoa e me dei por conta de que não tinha nada de bom pra dizer sobre ela, e que isso fazia com que eu sentisse pena. Depois, em casa, comecei a pensar sobre o caminho que a gente traça ao longo dos anos, e que marcas deixamos na vida das pessoas com as quais cruzamos.

Por mais breve que seja o convívio, as vezes meramente um único contato, algo sempre fica, uma impressão, um sentimento, um cheiro. Quantas vezes temos aquele sentimento positivo sobre uma pessoa sem ao menos conhece-la, sem nunca ter trocado uma palavra. O oposto acontece também, não simpatizamos com pessoas que nunca conhecemos, chega a ser estranho.

Então, ainda mais tarde no mesmo dia, me deparei com esse vídeo (1). Foi uma experiência feita com mães e filhos, sobre como as mães se viam, e como os filhos viam as mães. Por mais diferentes em formas de exploração, acredito que o objetivo seja o mesmo de algo feito pela Dove (2) ano passado, onde um desenhista fazia sketches de mulheres, primeiro seguindo a sua descrição, e depois seguindo a descrição de estranhos, que tiveram poucos minutos de contatos.

Ambos os vídeos mostram que a forma como nos vemos é muito diferente da forma como as pessoas nos vêem. Nós, como bons seres humanos, acabamos por vermos sempre as coisas ruins primeiro e focar em nossos defeitos, quando na verdade deveria ser ao contrário. Deveríamos valorizar mais nossas qualidades, para que elas se tornem mais relevantes que nossos pontos fracos. Porém, essa situação normalmente só acontece com que não conseguem enxergar seus defeitos, invertendo a lógica das coisas.

Quando achamos que só temos coisas boas, que nossa opinião é sempre a correta, que nosso trabalho é perfeito, e que os outros é que são inferiores, acabamos por transparecer o contrário daquilo que queremos passar. Ao invés de segurança, acabamos passando arrogância e nossa imagem muda. É difícil ver coisas boas em pessoas que são cheias de si de uma forma errônea. Quando se humilha e sufoca quem está ao redor.

Não é errado conhecer seus defeitos, sua falhas, pelo contrário, quanto mais enxergamos isso, melhor nos tornamos, o que não pode acontecer é tentarmos acobertar essas falhas, sendo auto confiantes de mais, cruzando por cima e aprontado defeitos em outros.

Não acho que devamos viver a vida preocupados com a opinião alheia, mas devemos sim nos preocupar com a marca que deixamos na vida das pessoas. As pessoas que amamos e nos importamos, nossos amigos, colegas de trabalho e aquele estranho que pediu para saber as horas no momento em que se estava atrasado.

Pensa ai, deve ter alguém que você não tem nada bom pra dizer sobre, assim como eu tenho, e não é legal né? Acho que ninguém quer ser essa pessoa para ninguém. Eu não quero ser essa pessoa, você também não.

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