Horror em Amityville é do autor Jay Anson e foi publicado aqui no Brasil pela Editora Record em 1976.
*Este livro é baseado em fatos reais.
SOBRE O LIVRO
A família Lutz, composta pelo casal e seus três filhos, se muda para Amityville, NY em busca de calma e tranquilidade. Fazendo um bom negócio em função do histórico da casa, eles vão morar no número 112 da Ocean Avenue, onde previamente um massacre aconteceu.
Um ano antes, na noite de 13 de novembro de 1974, o filho mais velho da família DeFeo, Ronald Jr. assassinou sua mãe e pai, Louise e Ronald, e os 4 irmãos, às 3h da manhã com tiros de espingarda. O jovem, condenado e atualmente preso em uma penitenciária americana, alegou estar ouvindo vozes e que uma força malígna o conduziu a cometer o crime. Segundo registros, Ronald DeFeo Jr. ainda cumpre pena e está vivo e encarcerado, tornando o mito da história ser real, ainda maior.
Porém, muitos alegavam que as vozes que Ronald ouvia eram fruto de seu consumo de drogas, o que fez com que os Lutz, ao optar por comprar a casa, desconsiderassem toda a história de possessão demoníaca. A grande mansão, com 3 andares, vários quartos, porão e sótão estava a preço de barganha, porém essa bela família apenas viveu nela por 28 dias.
“Obsessão é quando as pessoas são afetadas, seja interna ou externamente. E, finalmente, quando o indivíduo perde temporariamente o uso de suas faculdades e o Diabo age através dele, tempos a possessão.”
Logo que eles se mudam coisas começam a acontecer. A família toda muda de comportamento, se tornando hostil e distante, onde antes só havia amor e cumplicidade. Sofrem ataques de cansaço e frio e dormem de forma profunda, ignorando acontecimentos que ocorrem durante a noite. O Sr. Lutz toda noite acorda automaticamente as 3h da manhã, horário exato em que aconteceu os assassinatos. A esposa sente uma presença e vê coisas mudando de lugar sem explicação.
Nesses 28 dias muitas coisas vão se passar e até mesmo aqueles ligados a religião ou a algum culto vão ser atingidos pelas presenças aparentemente contidas na casa. Anos depois a casa 212 de Ocean Avenue segue disponível para ser alugada, e já sofreu várias incursões de especialistas em espíritos para provar a autenticidade do que fez DeFeo assassinar a família inteira e também os Lutz a abandonar tudo o que tinham.
Capa e Edição
Não há edições novas desse livro, a não ser nos sebos, onde todos são classificados como em “péssimas condições”, o que é uma pena, pois esse é um dos clássicos do horror.
Eu li ele direto no Kindle e posso afirmar, já tendo tido uma versão impressa em mãos, que o arquivo que eu li deixou um pouco a desejar, pois não incluía as imagens que estão presentes no livro na ordem certa, inserindo tudo no final e não mantendo a ordem cronológica das coisas, o que prejudica a leitura.
Já com relação a edição impressa, mesmo sendo antiga, tem muito valor exatamente por isso. Mapas da casa, fotografia das pessoas – que são reais – e não meramente personagens ficcionais e também os desenhos da filha mais nova, que tem um “amigo imaginário” na casa, são super interessantes e engrandecem a história.
Minha opinião
Eu leio muitos poucos livros do gênero de terror e isso é, com toda certeza, algo que quero melhorar para 2015. Horror em Amityville foi uma indicação do Rapha e eu confesso que comecei a leitura amedrontada pela história. Parece que a tensão se cria só pela promessa de ser baseado em fatos reais.
Aqui é importante ressaltar que as pessoas mencionadas no livro são reais, tanto do DeFeo, quanto os Lutz e o Ronald Jr. está mesmo ainda cumprindo pena nos Estados Unidos, como vocês podem reafirmar somente jogando o nome dele no Google. Os Lutz se mantém reservados, com excessão de um dos filhos que já falou publicamente sobre o acontecido em vários eventos. Eles muitas vezes são acusados de estarem inventado a história para ganhar atenção e dinheiro, porém nada foi comprovado.
Como ia falando, comecei a história com medo e fui avançando na narrativa com certa tensão, apesar da leitura fluir bem. Porém esse é um livro de 1976, portanto um clássico, e que inspirou um monte de filmes depois dele, bem como é referenciado em várias ocasiões. Isso faz com que ele seja cheio de clichês que sempre identificamos em histórias do tipo, pois já vimos muito disso no cinema, não sabendo que esse livro pode ter inspirado muitos desses filmes, portanto parece repetitivo se lido nos dias atuais e sem isso em mente.
Entretanto, no quesito terror, ele dá medinho sim. E se você for meio medrosa que nem eu, vai ficar atormentada sim. E só por isso ele já merece boas considerações.
Por ser uma história real, há várias teorias e informações disponíveis online, fazendo a festa do leitor curioso que quer descobrir mais sobre a história. Além disso ele já teve duas adaptações cinematográficas, a primeira em 1979 e um remake em 2005 com os atores Ryan Reynolds, Melissa George e Chloë Grace Moretz. Mas essas são apenas as versões mais conhecidas, pois há filmes relacionados também lançados, como Amityville: A Possessão (1982), Amityville: O demônio (1983), Amityville: Uma questão de hora (1992) e Amityville: Haunting (2011). E esse ano (2015) saiu mais uma inspiração, dessa vez estrelada pela atriz Bella Thorne, Amityville: The Awakening.
Eu assisti somente o filme original de 1979 e sim, é um tradicional filme de terror com todos os bons clichês que o gênero traz, porém retrata bem a história.
HORROR EM AMITYVILLE
Autor: Jay Anson
Editora: Record
Ano de publicação: 1976
Em 13 de novembro de 1974 a polícia do condado de Sufolk recebeu uma chamada telefônica que a levou ao endereço 112 Ocean Avenue, Amityville, Long Island. Dentro da casa a polícia encontrou um crime brutal: o assassinato de uma família inteira enquanto dormia. Poucos dias depois, Ronald Defeo Jr. admitiu que usou um rifle para matar os pais e seus 4 irmãos, alegando ter ouvido vozes que vinham de dentro da casa e que o influenciaram a cometer os crimes. Um ano depois George e Kathy se mudam com os filhos para a antiga casa dos Defeo. Não demora muito para que estranhos eventos comecem a acontecer, afetando a vida da família e indicando que uma presença maligna está oculta na casa.
