Assassinatos na Rua Morgue é um conto de suspense escrito por Edgar Allan Poe em 1841. É um dos mais famosos do autor e é considerado o pai dos romances policiais.

Andavam pela rua o prodigioso Auguste Dupin e seu amigo, conversando sobre assuntos cultos, quando então se depararam com um jornal onde relatava dois macabros assassinatos ocorridos na noite anteiror, na rua Morgue. Segundo as testemunhas, as duas mulheres, uma de idade já avançada e outra jovem, foram mutiladas e, por mais estranho que pareça, nenhuma pista do assassino fora encontrado no local. A polícia coletou depoimentos de todas as pessoas que disseram ter ouvido os gritos das mulheres e até mesmo das pessoas que encontram elas mortas, porém, nenhuma informação ajudou no caso. Entretanto, Dupin estava convencido que visitando o local do crime, conseguiria resolver o mistério em poucos passos, sendo que ele já possuia uma pequena pista do que poderia ter ocorrido, pista esta que ele encontrara nos depoimentos apresentados pelas testemunhas e que passara despercebido pela polícia.

Hoje em dia o romance policial assume diversas formas e cenários, e muitos personagens clássicos são conhecidos, como Hercule Poirot, de Agatha Christie, e Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle. Porém, todos eles “descendem” do brilhante Auguste Dupin. Esse personagem, que no conto nem mesmo era um detetive ou policial, era um magnífico observador e detinha de uma mente aguçada capaz de traçar padrões psicológicos e físicos onde ninguém achava possível. Tamanha era sua inteligência que, até mesmo seu amigo, que o acompanha pelo mistério da rua Morgue, fica impressionado com tamanha percepção e determinação que Dupim possuia.

O bacana do conto é que o autor nos entrega todas as pistas, como um convite a descobrir o que de fato ocorreu. O conto possui cerca de 40 páginas, snedo que a maioria delas narra os relatos das testemunhas do caso. Em todos os testemunhos, obtemos o nome da pessoa, o que testemunhou, como ela estava vestida no dia, e também dados adicionais do personagem. Depois de relatar todas as “provas”, entra então em ação o personagem Dupim, que vai até o local do crime e ali consegue obter mais algumas provas. Interessante, porém, que mesmo com todas as pistas nos dada nas mão, torna-se difícil imaginar ou mesmo teorizar o que tenha ocorrido. Por vezes, inclusive, cheguei a suspeitar de todas as testemunhas. Mas a solução para o caso fora outra, e foi bem interessante como tudo se resolveu.

Eu li esse conto em uma coletânea que fora recentemente publicada pela Folha de São Paulo, em capa dura, onde há também os contos O Demônio da Perversidade e O Gato Preto, que já teve resenha aqui no blog. Um fato interessante também sobre esse conto é que ele já teve quatro adaptações televisivas, sem contar que inspirou a música Murder in the Rue Morgue, do Iron Maiden e alguns versos de Little Disfunk You, da banda The Ark. O conto também inspirou a série de quadrinhos A Liga dos Cavaleiros Extraordinários e outro conto chamado Os Novos Assassinatos na Rua Morgue, escrito por Clive Barker (escritor e diretor de Hellraiser).

E você, o que achou deste conto? Sabia que ele fora o avô dos romances policiais? Conte para mim aqui em baixo nos comentários :)

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