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Esse texto contém spoilers

Sam Raimi, famoso diretor da trilogia Homem Aranha (2002), retorna ao mundo dos super-heróis com Doutor Estranho, um filme em que ao mesmo tempo que segue a “fórmula Marvel” consegue trazer algo novo, em uma aventura com elementos de terror.

Após os acontecimentos de WandaVision (2021), Wanda (Elizabeth Olsen) procura uma alternativa para ter seus filhos de volta, ela então encontra essa possibilidade através do multiverso. Disposta a fazer o que for necessário, Wanda busca América Chaves (Xochitl Gomez), uma jovem que pode viajar entre realidades, afim de pegar seus poderes para alcançar seu objetivo.

Com o multiverso e a vida dessa jovem em perigo, Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) precisa intervir para salvá-los.

O filme começa com uma cena de ação e já nos situa sobre o que esta acontecendo e qual será a trama do filme: Wanda atrás da América para roubar seus poderes e conseguir recuperar seus filhos, uma narrativa simples. Porém, nesse ponto, podemos observar o primeiro problema do filme, que é a necessidade de conectar tudo com outras obras do universo Marvel.

Quem não assistiu à série WandaVision não consegue entender com profundidade as motivações da Wanda e em que momento a personagem se tornou mãe. O estúdio até pode se justificar dizendo que quem é fã acompanha todos as produções, mas não podemos nos esquecer de que por mais que estejamos acompanhando um universo cinematográfico, nós também estamos vendo o segundo filme do Doutor Estranho. Isso faz com que o filme perca o foco em seu protagonista e coloca a necessidade de ser parte de um grande todo acima de tudo, ele pode sim ser conectado com outras obras, mas ao mesmo tempo deve funcionar como um filme que desenvolve seus personagens.

O filme tem o subtítulo “multiverso”, porém, não vemos ele explorar o tema a fundo, há versões diferentes de alguns heróis e algumas realidades alternativas, porém faltou a “loucura” nesses multiversos que o título destaca. Esperava que o problema central fosse o multiverso em si, algo semelhante ao que ocorre na série animada E Se (2021).

Referente a estrutura do filme, ele sofre de uma mudança de tom perceptível, sendo a primeira metade um filme que segue o padrão Marvel, sendo mais leve como uma aventura, e na segunda metade ele muda para algo mais puxado ao terror até o final. Essa mudança rouba um pouco da identidade do filme. Se a intenção era fazer algo voltado ao terror, que o fizesse desde o início, trazendo mais homogeneidade para ao longa.

Sobre as partes positivas, o filme consegue ser bem dinâmico com um bom ritmo. Apesar da mudança de tom, ele prende sua atenção e não é um filme cansativo de assistir. O tempo em tela pareceu ideal para contar a história proposta.

Por fim Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, traz algo diferente do que o Marvel Studios costuma apresentar com seu primeiro filme puxado ao terror, o multiverso poderia ter sido melhor explorado e ser mais focado em seu personagem principal, mas no fim das contas é filme divertido, uma boa experiência nas telas.

DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA

Diretor: Sam Raimi

Elenco: Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Xochitl Gomez, Rachel McAdams, Benedict Wong

Ano de lançamento: 2022

Em “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, da Marvel Studios, a UCM desbloqueia o Multiverso e expande seus limites ainda mais. Viaje ao desconhecido com o Doutor Estranho, que, co m ajuda de antigos e novos aliados místicos, atravessa alucinantes e perigosas realidades alternativas ao Multiverso pra enfrentar um novo e misterioso adversário.

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