O Bangalô é da autora Sarah Jio e foi lançado aqui no Brasil em 2015 pela editora Novo Conceito.
SOBRE O LIVRO
O livro começa quando Jennifer, a neta de nossa protagonista Anne, a questiona sobre uma carta recém chegada com alguns assuntos sobre Bora Bora, onde sua vó fora enfermeira durante a segunda guerra mundial. A partir desse momento, nos entramos na história do Bangalô pela narração de Anne.
1942, a Segunda Guerra Mundial está em seu auge, e Anne se vê formada em enfermagem e de casamento marcado com seu noivo Gerard que sempre foi seu amigo, desde a sua de infância. Ele é um homem de boa classe social, assim como sua família. No dia de seu jantar de noivado, sua melhor amiga Kitty aparece de repente para avisar Anne que está indo para Bora Bora, servir seu País ajudando nos cuidados médicos aos feridos da guerra. Kitty tenta convencer a amiga de ir com ela, afinal, ela não concorda com o casamento de Anne, por causa de sua falta de outras experiências amorosas. Anne aceita e também se inscreve na corporação de enfermeiras do exército. Mesmo não estando totalmente a favor, seu noivo aceita a ideia, e promete que irá esperá-la, e então as duas partem para Bora Bora.
Ao chegar na ilha, Anne percebe o caos que está instalado ali, afinal, em Seattle ela sempre teve uma vida boa, sem precisar encarar algumas coisas que estão presentes na situação enfrentada na ilha. Entre tantos problemas, ela se vê diante de muitos soldados que estão sem ver nenhuma mulher à muito tempo, e um deles começa incomodá-la bastante, até que Westry Green, um outro soldado à defende, e isso faz nascer uma amizade entre os dois.
“Estamos fugindo ou tentando encontrar alguma coisa?”
Durante uma caminhada na praia, Anne se encontra com Westry, e eles caminham enquanto têm uma conversa agradável, até que são surpreendidos ao “encontrarem” um bangalô abandonado e então, os dois resolvem reformá-lo e fazer dele um esconderijo secreto. Ambos ficam cada vez mais próximos, pois, depois que elas chegaram na ilha, Kitty está diferente. Ela esconde as coisa de Anne e parece estar se envolvendo em sérios problemas de relacionamento.
Quando Anne menos percebe, se dá conta que está se perdidamente apaixonada por Westry, e aquele bangalô que já foi lar de tantos outros amores, ganha mais um novo casal vivendo essa paixão proibida.
CAPA E EDIÇÃO
A leitura desse livro foi bem agradável, as letras são de ótimo tamanho, cor da folha é amarelada, e todo início de capítulo tem uma flor, semelhante a que vemos na capa, achei isso bem fofo.
A capa combina perfeitamente com a história, e me chamou atenção a ilustração de uma moça enfermeira com um soldado vestido de farda que temos na parte detrás do livro, que representa bem a história. Com essa representação na contra capa, já começamos a sentir o quão a história será emocionante.
MINHA OPINIÃO
Ao pegar o livro em mãos e ler sua sinopse, eu criei uma expectativa muito grande sobre ele, pois sou uma apaixonada por romances. Senti a Anne um pouco presa no começo do livro, não sei porque, mas ela me pareceu muito a Rose de Titanic, ela estava ali de corpo, mas sua alma estava em outro lugar.
A protagonista me cativou bastante, ainda mais quando ela chega em Bora Bora, se mostrando uma pessoa muito bondosa e até mesmo um pouco ingênua, mas não do jeito ruim. Ela sabe das maldades das pessoas em sua volta, mas não aceita que aquilo é o seu verdadeiro eu, suas atitudes são sempre muito coerentes, ao contrário de Kitty, que de amiga não tem nada. Desde o começo meu “sangue” não bateu com o de Kitty, já na sua primeira aparição no livro, senti que seu caráter não era dos melhores e isso só foi piorando ao decorrer da história. Westry, o nosso querido mocinho é um soldado bastante educado e generoso, aquele rapaz fácil de se apaixonar. Anne o narra de uma forma tão intensa que foi difícil não se apaixonar por ele também.
Além de todo romance contido no livro, ele retrata alguns horrores da guerra. Confesso que no começo eu não esperava que a autora fosse entrar nesse assunto como ela entrou, e eu me surpreendi positivamente. Foi interessante e triste ver como uma guerra consegue despertar o pior lado das pessoas, algumas vezes, lado que nem elas próprias conhecem.
O romance foi muito bem escrito pela autora, eu conseguia sentir claramente o que ele despertou nela. Após a paixão entre eles aflorar, Anne se sentia mais viva, afinal, pela primeira vez ela sentiu algo tão forte e arrebatador. Mas ela tem que encarar toda a pressão com seu noivo que ainda à aguarda em Seattle, e toda essa guerra interna piora quando ocorre um assassinato na ilha, deixando todos horrorizados por tal atrocidade.
Já voltando ao presente, Anne agora já sendo uma idosa de cabelos brancos, é surpreendida com o pedido da tal carta vinda do Taiti, onde uma pessoa que ela não conhece faz questão de vê-la pessoalmente para tentar resolver os assuntos pendentes que ficaram naquela ilha. Anne e sua neta partem para Bora Bora e foi ai que o livro me fisgou, eu senti tantas emoções quando ela pisou novamente naquele local, onde ela vivenciou um dos momentos mais incríveis de sua vida. Único ponto negativo sobre a história, é a rapidez que a autora termina o livro, senti falta de algumas páginas para ter uma noção melhor do que aconteceu dali em diante. Foi uma mistura de angústia, drama e emoção que me fizeram chorar nas páginas finais do livro. Acho que a frase que melhor define essa ótima obra de Sarah Jio é:
“Quanto tempo você está disposto a esperar por sua felicidade?”
O Bangalô une amor e guerra em um cenário paradisíaco, e é uma história que mexe muito conosco, por isso, à recomendo para todos os amantes de bons romances, afinal, esse amor ficará guardado comigo para sempre.


O BANGALÔ
Autor: Sarah Jio
Editora: Novo Conceito
Ano de publicação: 2014
Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos.
No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora. Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso.
O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas… Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história. A ilha, de alguma forma, transforma a vida das pessoas, e este livro certamente transformará você.