“Se o futuro é para sempre, ele pensou, então um dia vai acabar nos engolindo a todos.”
Sigo na minha peregrinação de, após A Culpa é das Estrelas, ler todos os outros livros do John Green. Depois de Cidades de Papel e Quem é você, Alasca? (clique e veja as resenhas), agora é a vez de Teorema Katherine. Eu li esse livro bem no inicio de abril, e acabei adiando bastante essa resenha, para intercalar outros autores.
Dos livros do John Green lidos até agora, esse foi o que menos gostei e foi o mais difícil de terminar. Eu sei que quase todo mundo é doido por esse livro, mas pra mim, pareceu um pouco previsível em algumas partes, diferente dos outros.
A premissa do livro é bem legal, mas bastante improvável, um garoto que aos 17 anos já namorou 19 Katherines e todas elas terminaram com ele. Esse fato faz com que ele queira desenvolver um teorema que possa prever o futuro de um relacionamento, ditando se a pessoa será um terminante ou um terminado, e quanto tempo ele vai durar.
Colin Singleton foi considerado um garoto prodígio logo na infância, e cresceu com a expectativa de fazer grandes coisas no futuro, treinando sua inteligência ao longo dos anos. Ele é louco por anagramas e consegue formar dezenas de palavras em segundos dentro da sua cabeça. Porém, com o fim dos seus relacionamentos, e a genialidade longe de ser uma verdade transformadora, Colin cai na estrada com seu amigo Hassan, tentando superar tudo isso e acaba parando em Gutshot no Tennesse. Sob uma proposta de trabalho para o verão Colin e Hasan ficam na cidade e acabam por conhecer melhor a família que o abrigou, Lindsey, a garota paty/estranha/louca e seus amigos.
O livro tem uma narrativa na terceira pessoa e é bem humorado. Hassan (o amigo de Colin) é definitivamente um dos melhores personagens. Porém, logo de cara, quando comecei a ler sobre o vício das Katherines imaginei que a solução mais óbvia para o Colin seria ele se apaixonar por uma menina que não tivesse esse nome. Eu não sou de dar spoiler, mas né, não é completamente previsível?
E realmente esse foi o único problema pra mim. Teorema Katherine era pra ter sido lido em horas, mas por esse motivo acabou demorando vários dias. Na minha reles opinião, manter o mistério e ter uma reviravolta no livro, principalmente no final são coisas muito importantes.
“Alguma vez você já se perguntou se as pessoas gostariam mais ou menos de você se pudessem vê-la por dentro? Sempre me pergunto isso. Se pudessem me ver do jeito que eu me vejo, se pudessem viver nos meus pensamentos, será que alguém, qualquer pessoa, me amaria?”


O TEOREMA KATHERINE)
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Ano de publicação: 2013
Se o assunto é relacionamento, o tipo de garota de Colin Singleton tem nome: Katherine. E em se tratando de Colin e Katherines, o desfecho é sempre o mesmo: ele leva o fora. Já aconteceu muito. Dezenove vezes, para ser exato. Depois do mais recente e traumático término, ele resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e um melhor amigo bem fora de forma no banco do carona, o ex-garoto prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar pés na bunda, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam. Uma descoberta que vai mudar para sempre a história amorosa do mundo, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.